(ANSA) - A Organização das Nações Unidas (ONU) e o poder Executivo da União Europeia afirmaram nesta quarta-feira (20) que a Faixa de Gaza enfrenta uma "carestia inaceitável" e cobraram uma trégua no conflito entre Israel e Hamas para permitir a entrada de ajuda humanitária no enclave.
Em coletiva de imprensa conjunta em Bruxelas, o secretário-geral da ONU, António Guterres, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmaram que é preciso agir imediatamente "antes que seja tarde demais".
"Gaza está enfrentando uma carestia, e isso é inaceitável. É fundamental alcançar rapidamente um acordo de cessar-fogo que permita a libertação dos reféns e mais ajudas humanitárias em Gaza", declarou Von der Leyen.
"Nada justifica o terror do Hamas em 7 de outubro nem a punição coletiva infligida aos palestinos", acrescentou a líder europeia.
Na última segunda-feira (18), o alto representante da UE para Política Externa, Josep Borrell, já havia acusado Israel de usar a fome em Gaza como "arma de guerra" e de transformar o enclave em um "cemitério a céu aberto".
Rafah
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em uma mensagem aos cidadãos que o país se prepara para a incursão terrestre em Rafah.
“Enquanto nos apressamos para entrar em Rafah, e será preciso algum tempo, continuamos operando com força no centro e no sul de Gaza”, disse, a respeito de sua conversa com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
“Quero que saibam que já aprovei os planos operacionais do exército sobre Rafah e em breve aprovaremos os planos de evacuação da população civil da zona de combates”, acrescentou.
A medida é amplamente criticada pela comunidade internacional, já que a área está superlotada de civis desde o início da operação militar, e faz fronteira com o Egito, limitando as possibilidades de evacuação. O governo do país judeu, porém, sustenta que é a única via para vencer a guerra.
O oficial do Hamas Osama Hamdan afirmou em uma coletiva de imprensa que as respostas de Israel às propostas do grupo fundamentalista islâmico para um cessar-fogo, em meio às negociações que acontecem no Catar, foram “em termos gerais, negativas”.
Ele disse que o governo “não responde às solicitações e, de fato, retirou as liberações que havia concedido aos mediadores”.
No último domingo (17), o Gabinete de Segurança de Israel deliberou enviar uma comissão de alto nível com um mandato geral para negociar em determinados assuntos, mas com limites específicos pré-estabelecidos.
Fontes citavam planos de um cessar-fogo temporário de algumas semanas, com troca de reféns por presos palestinos em Israel.
(ANSA)
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