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Tiroteio em casa de shows de Moscou deixa ao menos 40 mortos

Local é evacuado por risco de desabamento após incêndio

Incêndio no centro comercial (Foto: Sergei Vedyashkin/Moskva News Agency/AFP)

Redazione Ansa

(ANSA) - Um tiroteio na casa de shows Crocus City Hall em Moscou, na Rússia, deixou ao menos 40 mortos e 100 feridos nesta sexta-feira (22). O Estado Islâmico reivindicou a autoria.

Segundo relatos, pelo menos quatro pessoas vestidas com uniformes camuflados abriram fogo e um incêndio irrompeu no prédio, que abriga um centro comercial, após uma explosão. O prédio foi evacuado, em meio a temores de desabamento.

Um vídeo, divulgado pela Novaya Gazeta Europa, mostra quatro criminosos avançando e atirando contra pessoas.

A Guarda Nacional russa informou que os autores do crime fugiram e estão sendo procurados.

A agência de notícias estatal Ria informou que há crianças entre os feridos no tiroteio e no incêndio. O governador da região de Moscou, Andrey Vorobyov, disse que há cinco pessoas em estado grave.

Durante o ataque, uma apresentação da banda de rock Picnic estava prestes a começar.

Mais de 50 ambulâncias foram enviadas para o local, segundo o Ministério da Saúde russo.

“Vladimir Putin foi informado do ataque terrorista nos primeiros minutos após o incidente. O presidente russo deu todas as instruções necessárias em relação à emergência”, disse o Kremlin, em comunicado.

Este já é considerado o pior ataque na Rússia em ao menos 20 anos.

O Ministério da Cultura da Rússia anunciou o cancelamento de todos os eventos de massa e de entretenimento nas instituições culturais federais. A medida vale “para os próximos dias”.

“Uma tragédia terrível e incompreensível. Condolências às famílias e aos amigos das vítimas. Choramos com vocês. Pronta recuperação aos feridos”, disse o comunicado de imprensa.

Rússia

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, ameaçou os líderes ucranianos após o ataque ocorrido na Rússia.

“Se fosse comprovado que por trás há terroristas do regime de Kiev... Deverão ser todos encontrados e mortos sem piedade. Incluindo os líderes do Estado que cometeu tais atrocidades”, afirmou, através do Telegram.

Já a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, disse que se Washington tiver informações sobre o ataque, deve compartilhá-las imediatamente. Isso porque a Casa Branca negou o envolvimento da Ucrânia.

“Se não tiver informações, não tem o direito de pronunciar absolvições a ninguém”, afirmou.

UE

“A UE está chocada e horrorizada pelas notícias e condena qualquer ataque contra civis”, disse o porta-voz do Serviço de Ação Externa da União Europeia, Peter Stano.

Itália

Em nota, o chanceler da Itália, Antonio Tajani, disse que não há informações sobre o envolvimento de italianos no episódio.

“Expresso condenação por todas as formas de terrorismo e proximidade às famílias das vítimas”, disse.

O presidente italiano, Sergio Mattarella, também condenou o episódio: “O cruel atentado terrorista consumado em Moscou evoca a mais firme condenação. Horror e execração devem acompanhar a violência contra todas as inocentes vítimas civis. Combater toda forma de terrorismo deve ser um compromisso comum a toda a comunidade internacional”.

“O horror do massacre de civis inocentes em Moscou é inaceitável. Firme e total condenação do governo italiano a esse hediondo ato de terrorismo. Expresso plena solidariedade às pessoas atingidas e aos familiares das vítimas”, disse, em nota, a premiê Giorgia Meloni.

Em atualização

(ANSA).
   

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