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Justiça britânica aceita recurso de Assange e adia extradição

Estados Unidos terão três semanas para fornecer 'garantias'

Os Estados Unidos querem que Assange seja julgado no país pela publicação de inúmeros documentos militares e diplomáticos secretos em 2010

Redazione Ansa

(ANSA) - O Tribunal Superior de Justiça de Londres adiou nesta terça-feira (26) a extradição para os Estados Unidos de Julian Assange, fundador do WikiLeaks, ao conceder um último recurso contra a medida.

Com a decisão das autoridades britânicas, Washington terá três semanas para fornecer "garantias" em relação ao tema. Caso o Reino Unido tivesse negado, o australiano de 52 anos poderia ser extraditado.

Os Estados Unidos querem que Assange seja julgado no país pela publicação de inúmeros documentos militares e diplomáticos secretos em 2010, relacionados principalmente com os conflitos no Iraque e no Afeganistão.

Após Assange acumular várias derrotas judiciais nos últimos tempos, os magistrados afirmaram que o australiano tinha "uma perspectiva real de sucesso" em três dos seus nove fundamentos registrados no recurso.

"Antes de tomar uma decisão final sobre o pedido de autorização para recorrer, daremos ao réu a oportunidade de dar garantias. Se não forem dadas, concederemos autorização para recorrer sem nova audiência. Caso contrário, daremos às partes a oportunidade de apresentar mais argumentos antes de tomarmos uma decisão final", escreveram dois juízes.

Assange está preso em uma penitenciária de segurança máxima na capital inglesa desde 2019. Ele não apareceu no tribunal, tanto que o resultado foi divulgado de forma online.

Caso sofra um novo revés nesta última tentativa de evitar a extradição, o fundador do WikiLeaks terá esgotado todos os recursos disponíveis no Reino Unido O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é pressionado para abandonar o caso iniciado pelo seu antecessor, o republicano Donald Trump.

Em território norte-americano, Assange corre o risco de ser condenado a uma pena de até 175 anos de prisão pelo vazamento de cerca de 700 mil documentos confidenciais. (ANSA).
   

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