(ANSA) - Publicada pela primeira vez na Itália em 1954, na revista "La Cucina Italiana", a receita do macarrão à carbonara completa 70 anos.
A criação de um dos pratos símbolos do "made in Italy", cuja origem ainda é motivo de controvérsia, é celebrada neste sábado (6) com a oitava edição do "Carbonara Day", data criada pela associação Unione Italiana Food e pela International Pasta Organization em 2017.
Se para os puristas a receita original prevê apenas cinco ingredientes - macarrão, guanciale (bochecha/papada de porco), queijo pecorino, ovos e pimenta -, existem centenas de variações do prato, inclusive na Itália, onde reinterpretações do molho carbonara costumam provocar polêmicas.
Segundo uma pesquisa conduzida pelo instituto AstraRicerche, sete a cada 10 italianos conhecem os ingredientes tidos como imprescindíveis, enquanto 60% se declaram fiéis à receita clássica.
No entanto, cerca de 20% dos entrevistados afirmaram que gostam de se aventurar em variações do prato, com o acréscimo de creme de leite fresco (6,5%) ou leite (3,1%), salsinha (4,4%) e até tomate (3,8%).
Também há quem aposte em presunto no lugar de guanciale (3,5%) ou em ingredientes veganos, como cogumelos (2,5%), ervilhas (2,2%) e abobrinha (2,1%).
De acordo com Margherita Mastromauro, presidente dos fabricantes de massas da Unione Italiana Food, "o carbonara representa o prato do renascimento após a [segunda] guerra e o início do boom econômico".
"É sinônimo de liberdade, e as muitas versões deste prato espalhadas pelo mundo são a prova disso", acrescentou.
No ano passado, um historiador da alimentação e professor da Universidade de Parma, Alberto Grandi, provocou polêmica na Itália ao defender que o molho à carbonara tem sua origem nos Estados Unidos, onde foi descrito em um guia de restaurantes de Chicago em 1952, dois anos antes de aparecer na revista "La Cucina Italiana".
A versão atual do prato teria se consolidado apenas nos anos 1990, na Itália, com seus cinco ingredientes característicos. (ANSA)
Leggi l'articolo completo su ANSA.it