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Turquia suspende relações comerciais com Israel

Importações e exportações, que já eram restritas, foram cortadas

Porto de Haydarpasa, no estreito de Bósforo, Turquia

Redazione Ansa

A br/brasil/noticias/ultimo_momento/2023/12/26/suecia-recebe-primeiro-sim-da-turquia-para-entrar-na-otan_472de51a-113e-4dd9-b726-99e7c2fec07b.html">Turquia interrompeu todas as exportações e importações com Israel a partir desta quinta-feira (2) devido à guerra em Gaza.
    A informação foi dada por dois oficiais turcos à agência Bloomberg, e posteriormente oficializada pelo Ministério do Comércio de Ancara.
    O chanceler do país judeu, Israel Katz, afirmou que o comportamento do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, é "de ditador". Ele ainda disse que a medida viola acordos internacionais.
    Katz encarregou sua pasta de concentrar esforços imediatos "com todas as partes interessadas no governo para criar alternativas ao comércio com a Turquia, concentrando-se na produção local e nas importações de outros países".
    O chanceler ainda disse que a Turquia já estava impedindo países terceiros de usar portos turcos para trocas comerciais com Israel. Ele não especificou em quais terminais isso estaria ocorrendo, nem se a medida afetou o porto de Ceyhan, através do qual Israel importa petróleo do Azerbaijão.
    "Israel emergirá com uma economia forte e audaciosa. Eles perdem, nós vencemos", disse o ministro em uma publicação no X (antigo Twitter).
    Segundo o instituto de estatística da Turquia, a balança comercial entre os dois países atingiu US$ 6,8 bilhões em 2023, composta por 76% de exportações turcas.
    A Turquia já havia restringido, no último dia 9 de abril, boa parte das exportações internacionais, incluindo 54 produtos.
    Entre eles estavam materiais de construção de aço, ferro e alumínio, além de combustível de aviação.
    Na ocasião, Ancara afirmou que a venda de produtos que pudessem ser usados para fins militares por Israel não estava autorizada, e que a decisão permaneceria em vigor até que o país declarasse um cessar-fogo e autorizasse acesso contínuo de ajuda humanitária em Gaza.
    Nesta quarta-feira (1º) o chanceler turco, Hakan Fidan, anunciou que o país entraria como parte na queixa apresentada pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), tribunal da ONU com sede em Haia, na Holanda, por genocídio. (ANSA).
   

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