A catástrofe climática não dá trégua no Rio Grande do Sul, onde são esperadas fortes chuvas nesta semana que devem piorar a situação na capital Porto Alegre. A previsão levou o governador Eduardo Leite (PSDB) a fazer um alerta sobre risco de novas enchentes.
"Não é hora de voltar para casa. Não é hora de estar em áreas de risco", declarou Leite no último domingo (12).
Segundo o vice-governador Gabriel Souza (MDB), em Porto Alegre, o lago Guaíba "deve passar dos cinco metros" e "o ápice dessa subida deve ocorrer entre terça (14) e quarta-feira (15)".
De acordo com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o nível do Guaíba passou de 4,60 metros no sábado (11) para 4,65 metros no domingo e pode chegar a 5,5 metros nesta semana.
Até o momento, a pior tragédia climática da história gaúcha já deixou 147 mortos, 127 desaparecidos e 806 feridos. Além disso, mais de 600 mil pessoas estão fora de casa e mais de 2 milhões foram afetadas em 447 dos 497 municípios do estado.
Por sua vez, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), deve realizar uma reunião virtual nesta segunda (13) com Leite para tratar da renegociação da dívida do estado. (ANSA).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiou sua viagem ao Chile, onde se encontraria com seu homólogo Gabriel Boric, nesta semana, por causa das fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul.
Fontes do Ministério das Relações Exteriores disseram que a remarcação da viagem para o pais vizinho começou a ser analisada após o agravamento da situação no estado brasileiro, informou na noite do último domingo (12) o jornal “O Globo”.
De acordo com o Itamaraty, o petista tinha planejado embarcar para Santiago na próxima quinta-feira (16) e retornar ao Brasil na sexta (17). "A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Chile foi adiada pela necessidade de acompanhamento da situação das enchentes no Rio Grande do Sul e de coordenação no atendimento à população afetada e nas tarefas de reconstrução", afirmou.
Auxiliares do chanceler Mauro Vieira chegaram a considerar viável remarcar uma nova reunião com o mandatário chileno, com quem Lula se reuniu em setembro do ano passado em Brasília.
Segundo o governo brasileiro, novas datas para a viagem do presidente ao Chile serão anunciadas "oportunamente".
O petista avalia viajar nos próximos dias para o sul do país. "O Brasil está unido pelo Rio Grande do Sul. O governo federal não mede esforços para salvar vidas e auxiliar na reconstrução do estado", afirmou Lula nas redes sociais.
Na semana passada, o Diário Oficial da União publicou uma Medida Provisória com a abertura de R$ 12,1 bilhões em crédito extraordinário para que diversos órgão federais possam enfrentar as consequências das enchentes no sul do país.
Lula deve visitar Rio Grande do Sul, diz PlanaltoO governo brasileiro anunciou que é "muito possível" que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaje para o Rio Grande do Sul, estado que foi assolado pela pior catástrofe climática da sua história.
"Sim, é muito possível", declarou uma fonte do Palácio do Planalto consultada pela ANSA, acrescentando que "ainda não definiram o dia exato" dessa viagem.
Essa será a terceira visita de Lula em Rio Grande do Sul por causa das enchentes. O petista, ao lado de vários ministros, já esteve em Santa Maria, em 2 de maio, e em Porto Alegre, no último dia 5.
Mais cedo, o petista suspendeu uma viagem ao Chile, onde seria recebido pelo seu homólogo Gabriel Boric nesta semana em Santiago.
De acordo com a mesma fonte, Lula deve viajar "em breve" para a capital chilena, mas "ainda não há data definida". (ANSA).