A morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, aos 63 anos, em uma queda de helicóptero repercutiu na madrugada desta segunda-feira (20) e provocou a reação de diversos líderes mundiais.
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, expressou sua solidariedade e a da Itália ao governo e ao povo iraniano", reforçando que "nestas horas as autoridades iranianas estão a credenciar a tese do acidente, e não leituras de conspiração", principalmente porque haverá "grandes mudanças na estrutura interna do Irã".
Em entrevista ao Canale 5, a premiê italiana disse esperar que a futura liderança iraniana queira comprometer-se com a estabilização e a pacificação da região." "Estamos continuamente em contato com os nossos aliados europeus e do G7, porque estamos a falar de um assunto que se insere num quadro regional particularmente complexo", acrescentou Meloni, confirmando que "dentro de alguns minutos" terá uma reunião" com os ministros e os serviços de informação relevantes para fazer um balanço".
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, expressou suas condolências pela morte de Raisi e de todas as vítimas "do acidente de avião ocorrido ontem".
A União Europeia (UE) também enviou suas sinceras condolências pela morte de Raisi e do chanceler iraniano, bem como de outros membros da sua delegação e tripulação no acidente de helicóptero.
"Os nossos pensamentos estão com as suas famílias", escreveu o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, no X (antigo Twitter).
Já o alto representante da UE para Política Externa, Josep Borrell, apresentou as suas condolências pela morte de todos a bordo do helicóptero e prestou solidariedade às famílias e cidadãos iranianos afetados.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serghei Lavrov, assim como o presidente Vladimir Putin, lamentou a tragédia e disse que Raisi e o chanceler iraniano eram "verdadeiros amigos".
Citado pela agência Tass, o russo destacou o papel de ambos "no fortalecimento da cooperação russo-iraniana e da parceria de confiança".
Por sua vez, o presidente chinês, Xi Jinping, descreveu a morte de Raisi como "uma grande perda para o seu povo" em uma mensagem ao vice-presidente do Irã para expressar "profundas condolências em nome do governo e do povo chinês".
"A sua morte trágica foi uma grande perda para o povo iraniano e o povo chinês perdeu um bom amigo", disse Xi, segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin.
Além disso, o líder chinês ressaltou que Raisi "fez esforços ativos para consolidar e desenvolver a parceria estratégica abrangente" entre Pequim e Teerã.
Já o presidente sírio, Bashar al-Assad, expressou "solidariedade" ao Irã e com as famílias dos falecidos e seus companheiros".
"Trabalhamos com o falecido presidente para garantir que as relações estratégicas entre a Síria e o Irã sempre florescessem", acrescentou a nota.
O Hezbollah libanês prestou homenagem ao presidente iraniano, chamando-o de "protetor dos movimentos de resistência".
Em entrevista coletiva, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, também lamentou a morte do presidente iraniano.
"Desde o primeiro momento em que ouvimos falar do acidente, estivemos em contato com as autoridades iranianas e mobilizamos todos os meios para ajudar nos esforços (de resgate).
Instituições relevantes, incluindo o nosso Ministério da Defesa e a autoridade de desastres da AFAD, fizeram o seu melhor, mas infelizmente não conseguimos. capaz de ouvir boas notícias", afirmou.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, se manifestou no X e disse esta "profundamente entristecido e chocado com o trágico falecimento" de Raisi.
"A sua contribuição para o fortalecimento da relação bilateral Índia-Irã será sempre lembrada. Minhas mais sinceras condolências à sua família e ao povo do Irã. A Índia está ao lado do Irã neste momento de tristeza", concluiu.
Enquanto isso, o Líbano anunciou três dias de luto nacional pela morte de Raisi e os rebeldes houthis iemenitas, apoiados pelo Irã, afirmou que a tragédia representa "uma perda para o mundo islâmico".
"É uma perda não só para o Irã, mas também para todo o mundo islâmico, Palestina e Gaza", declarou o porta-voz Houthi, Mohammed Abdelsalam, no X, acrescentando que os palestinos tinham "uma grande necessidade da presença de um presidente que continuasse a defender seus direitos".
Por fim, o governo brasileiro expressou sua "consternação" sobre a morte do presidente iraniano.
"O governo brasileiro recebeu com profunda consternação as notícias das mortes do presidente da República Islâmica do Irã, Ebrahim Raisi, do chanceler Hossein Amir Abdollahian, e de outras autoridades em decorrência da queda de um helicóptero", diz uma nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores em Brasília.
Os falecimentos foram confirmados na manhã desta segunda-feira (20) em um comunicado oficial. "O governo estende aos familiares do presidente, do chanceler, e ao governo e povo iranianos os mais sinceros sentimentos de solidariedade", conclui o comunicado. (ANSA)
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