O governo italiano anunciou neste sábado (25) que retomará o financiamento para a br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/05/25/premie-da-italia-volta-a-defender-cessar-fogo-na-faixa-de-gaza_0ff510c2-05c6-49e6-a03b-313ac41ae79c.html">Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (Unrwa), que estava suspenso desde janeiro passado após acusações de Israel, como parte de um pacote de ajuda de 35 milhões de euros.
O compromisso foi divulgado pelo vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, durante encontro com o primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mohammed Mustafa, na sede da Farnesina, em Roma.
"Informei Mustafa que o governo providenciou novos financiamentos para a população palestina, um total de 35 milhões de euros, que se somam ao que já foi feito em resposta para a crise", explicou ele, acrescentando que 5 milhões de euros serão atribuídos à Unrwa, enquanto o restante será destinado à iniciativa "Alimentos para Gaza".
Segundo Tajani, a "Itália, graças às suas posições equilibradas, quer desempenhar um papel de ligação e trabalhará com cada vez maior intensidade para pôr fim a esta fase do conflito militar em Gaza".
A Itália foi um dos vários países a bloquear a ajuda à Unrwa na sequência de acusações de Israel de que alguns dos funcionários da agência estavam envolvidos no ataque do Hamas ao território israelense, em 7 de outubro, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.
"A Itália decidiu retomar o financiamento de projetos específicos destinados a ajudar os refugiados palestinos, mas somente após verificações rigorosas que garantam que nem um centavo corre o risco de acabar apoiando o terrorismo", acrescentou Tajani.
Durante a conversa, o chanceler italiano ainda disse acreditar que "é necessário trabalhar na solução 'dois povos, dois Estados' no quadro de um processo político mais amplo que conduza à paz, resultado de uma ação regional coordenada, com forte apoio da comunidade internacional".
"É essencial abordar tanto a emergência humanitária do povo palestino e as suas aspirações legítimas de ter o seu próprio Estado, como as necessidades de segurança igualmente legítimas de Israel", defendeu.
Para ele, "a criação de um Estado palestino deve ser parte integrante deste caminho".
Por fim, Tajani reiterou que a Itália continuará a garantir, como no passado, o total apoio à ANP e ao seu fortalecimento, como no caso das iniciativas para o desenvolvimento de capacidades autônomas no setor de governança e segurança.
(ANSA).