O chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que o país adotará medidas "no campo da dissuasão nuclear" se os Estados Unidos implantarem mísseis de médio e curto alcance na Europa e na região Ásia-Pacífico.
"A implementação dos planos de implantação de mísseis terrestres não passará sem a nossa reação. Em particular, neste caso, é inevitável o abandono das limitações unilaterais introduzidas pela Rússia após a retirada dos Estados Unidos do Tratado INF", disse Lavrov.
O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário sobre desarmamento nuclear, que foi adotado após a Guerra Fria, foi encerrado pelos dois países em 2019.
"Não excluímos passos adicionais no campo da dissuasão nuclear, porque os mísseis americanos com bases avançadas serão capazes de cobrir os postos de comando e as posições de nossas forças nucleares", acrescentou o chefe da diplomacia russa à Ria Novosti.
A agência de notícias estatal russa vinculou as palavras de Lavrov à declaração feita em abril pelo general americano Charles Flynn, segundo o qual o exército dos Estados Unidos pretende implantar, na região da Ásia-Pacífico, até o final deste ano, um novo lançador de mísseis de médio alcance que poderia servir como dissuasão contra a China.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, também afirmou que a Rússia fornecerá respostas "proporcionais" e garantirá a segurança quanto ao possível uso de armas fornecidas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a Kiev para atingir seu território.
"A resposta das forças armadas será proporcional e a segurança da Rússia será garantida, como afirmou o presidente Vladimir Putin, com a criação de uma zona tampão na Ucrânia", declarou.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que os EUA e a OTAN "estão provocando de todas as formas possíveis a Ucrânia para que continue essa guerra sem sentido": "Tudo isso terá, obviamente, consequências. Isso causará, no final das contas, grandes danos aos interesses dos países que optaram por uma escalada da tensão". (ANSA).
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, alertou contra o uso de armas fornecidas pelo Ocidente pela Ucrânia na Rússia.
“Acredito que deva preocupar qualquer pessoa que se preocupe com o destino de nosso mundo. Isso poderia levar a uma escalada que ninguém mais poderá controlar: é uma perspectiva realmente preocupante”, disse o religioso.
“Estamos comprometidos em nível humanitário, especialmente na questão do retorno das crianças ucranianas ao seu país, um mecanismo que foi iniciado com a visita do cardeal Matteo Zuppi a Kiev e Moscou, que está produzindo resultados. Não há espaço para mais nada”, acrescentou.
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