O ministro do gabinete de guerra de br/brasil/noticias/vaticano/2024/06/09/papa-apela-por-cessar-fogo-em-gaza-e-critica-quem-impede-ajuda_35167337-322b-49df-815f-7571bf4b7c31.html">Israel, Benny Gantz, anunciou neste domingo (9) sua renúncia ao cargo no governo de emergência, em meio à guerra com o grupo fundamentalista islâmico Hamas na Faixa de Gaza.
"Saio com o coração pesado. Não venceremos esta guerra como havíamos planejado", informou Gantz, em comunicado à mídia, segundo o Jerusalem Post.
Em discurso transmitido ao vivo pela TV local, Gantz explicou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, "nos impede de avançar para a verdadeira vitória". "As decisões estratégicas enfrentam procrastinação e hesitação devido a considerações políticas", acrescentou.
De acordo com o ministro, depois de 7 de outubro, tal como fizeram centenas de milhares de patriotas israelenses, ele se disponibilizou e fez isso sabendo que "era um mau governo".
"Formamos um governo de emergência para uma parceria marcada pelo destino, não para uma parceria política. Meses depois da catástrofe de outubro, a situação no país mudou", declarou Gantz, que pediu a Netanyahu um plano para o fim da guerra e o futuro da Faixa de Gaza, dando-lhe um ultimato, apesar da negativa.
O ministro demissionário pediu a Netanyahu que vá às eleições o mais rápido possível, afirmando que para Gaza é necessário implementar o plano de cessar-fogo oferecido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Centrista e adversário político de Netanyahu, Gantz havia prometido no final do mês passado que abandonaria a coalizão caso o premiê israelense não criasse um plano para o pós-guerra.
Por sua vez, Netanyahu apelou para Gantz não deixar o governo e não abandonar a batalha. "Israel está em uma guerra existencial em múltiplas frentes", escreveu ele no X, enfatizando que "não é hora de abandonar, é hora de unir forças".
O primeiro-ministro prometeu continuar até à vitória e à concretização de todos os objetivos, "em primeiro lugar a libertação dos reféns e a eliminação do Hamas".
"A minha porta permanecerá aberta a qualquer partido sionista disposto a assumir o fardo e ajudar a alcançar a vitória sobre os inimigos e a garantir a segurança dos cidadãos", concluiu Netanyahu.
Ofensiva - O anúncio é feito no dia em que o braço militar do Hamas, as Brigadas Qassam, afirma que o ataque israelense que levou à libertação de quatro reféns no último sábado (8), no campo de Nuseirat, levou à morte de outros três sequestrados, incluindo um que tinha cidadania americana. (ANSA).
Benny Gantz anuncia saída de governo de emergência de Israel
Ministro criticou premiê Benjamin Netanyahu