O presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que o assassinato do deputado socialista Giacomo Matteotti, ocorrido há 100 anos, foi um ataque ao Parlamento e à liberdade de todos os cidadãos do país.
O chefe de Estado acrescentou que a morte do político foi "cruel" e "bárbara", mas representou um "divisor de águas" na história da nação. O ato foi cometido por criminosos fascistas.
"O sequestro, há cem anos, do deputado socialista Giacomo Matteotti, que foi seguido pelo seu cruel e bárbaro assassinato, foi um ataque ao Parlamento e à liberdade de todos os italianos e representou um divisor de águas na história nacional", declarou Mattarella.
O deputado, que era o principal opositor do ditador Benito Mussolini, denunciava continuamente os abusos cometidos pelo movimento. Ele foi morto poucos dias depois de denunciar uma fraude eleitoral fascista e a violência causada pelos membros do grupo.
"A violência que caracterizou ação do movimento fascista, depois dos ataques aos trabalhadores organizados em sindicatos e cooperativas, contra as instituições, voltou-se para o Parlamento. Esse assassinato político assumiu um significado histórico e simbólico peculiar", acrescentou o mandatário.
A cadeira na Câmara dos Deputados onde Matteotti fez o seu "discurso de morte" em 30 de maio de 1924 ficou vaga para sempre. (ANSA).
Presidente italiano homenageia deputado morto em ataque fascista
Assassinato do socialista Giacomo Matteotti completou 100 anos