A China pressionou os governos dos países em desenvolvimento para promoverem o seu br/brasil/flash/internacional/2024/06/12/g7-deve-pedir-que-china-pare-de-apoiar-acoes-da-russia-na-guerra_8ac7a31a-5c94-4d45-89b5-d269f94f8d65.html">plano de paz alternativo para a Ucrânia à medida que a cúpula na Suíça sobre a guerra se aproxima.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (13) pela agência Reuters, citando 10 diplomatas, sendo que um definiu a campanha de Pequim como um "boicote sútil" à cúpula de paz de Lucerna.
Segundo as fontes, nas conversas com os governos, a China não criticou abertamente a nomeação da Suíça para sediar a reunião nem pediu diretamente aos países que se abstivessem.
No entanto, ao menos uma das nações confirmou que o governo chinês afirmou que a cúpula prolongaria a guerra.
Até agora, ao menos 90 estados e organizações registaram-se para participar da cúpula que visa preparar o caminho para a paz na Ucrânia, que acontecerá na Suíça nos dias 15 e 16 de junho.
A Rússia, que considerou o encontro uma perda de tempo, não foi convidada por ter sinalizado desinteresse, de acordo com o governo suíço. A recusa, inclusive, incentivou aliados de Moscou, como a China, a também se recusar a participar.
Depois de o governo chinês ter declarado que não iria na cúpula, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou Pequim de ajudar a Rússia a minar a reunião. A acusação, porém, foi refutada pelo Ministério das Relações Exteriores chinês.
Entretanto, segundo a publicação, à medida que a cúpula se aproximava, a China intensificou o seu alcance através de reuniões com representantes estrangeiros, telefonemas e mensagens para missões do exterior na plataforma WeChat.
A Reuters destaca que o enviado especial de Pequim para assuntos da Eurásia, Li Hui, visitou no mês passado a Turquia, o Egito, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos e reuniu-se com responsáveis de países em desenvolvimento nas suas embaixadas em Pequim.
Os diplomatas explicaram que a China tentou convencer os países em desenvolvimento a aderirem ao plano de paz de seis pontos acordado com o Brasil no mês passado.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, expressou apoio ao plano chinês para uma resolução pacífica da crise, dizendo que Pequim compreendeu perfeitamente o que estava por trás disso.
No total, 45 países deram apoio à proposta, com mais de duas dúzias aderindo ou "considerando seriamente" a ideia, afirmou o chanceler chinês, Wang Yi, na semana passada.
Até o momento, não foi possível determinar de forma independente qual o impacto que o lobby chinês teve, mas o número de participantes registrados na cúpula de Lucerna é inferior aos 107 que o gabinete de Zelensky disse terem confirmados no início de junho. (ANSA).
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