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G7 diz que Rússia é obrigada a pagar por danos na Ucrânia

Documento conclusivo aponta compromisso com 'paz justa'

Líderes do G7 reunidos em Borgo Egnazia, sul da Itália

Redazione Ansa

A declaração final da br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/06/14/esboco-de-declaracao-do-g7-recua-sobre-direitos-lgbtqia_b65ab7e9-8bea-476e-9b63-25ce22841651.html" target="_blank" rel="noopener">cúpula do G7 em Borgo Egnazia, no sul da Itália, diz que a Rússia deve "encerrar sua guerra ilegal de agressão e pagar pelos danos causados à Ucrânia".
    Segundo o texto visualizado pela ANSA, os prejuízos são calculados pelo Banco Mundial em US$ 486 bilhões (R$ 2,6 trilhões).
    "Não é justo que a Rússia decida se e quando vai pagar pelos danos causados na Ucrânia. As obrigações da Rússia no âmbito do direito internacional de pagar pelos danos são claras, então continuaremos a considerar todas as possíveis vias legais por meio das quais a Rússia será obrigada a respeitar tais obrigações", diz o documento, que será assinado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e União Europeia.
    Na última quinta (13), os líderes do G7 já haviam concordado em emprestar US$ 50 bilhões à Ucrânia (R$ 268 bilhões), usando como garantia os lucros de ativos russos congelados pelo Ocidente.
    Em discurso nesta sexta (14), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, comparou a medida a um "furto" e prometeu reagir. "Os países ocidentais congelaram uma parte dos ativos e das reservas monetárias russas e agora pensam em uma base jurídica para se apropriar delas definitivamente. Ainda que dourem a pílula, um furto é um furto, e isso não ficará impune", ameaçou.
    A declaração do G7 visualizada pela ANSA também defende a cúpula de paz sobre a Ucrânia que será realizada neste fim de semana, na Suíça, e declara apoio ao plano proposto por Kiev, que prevê a retirada total das tropas russas dos territórios ocupados.
    Putin, por sua vez, afirma que aceitará negociar apenas se a Ucrânia sair das quatro regiões parcialmente controladas por Moscou (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia) e renunciar ao projeto de entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
    "Nosso objetivo final permanece uma paz justa, duradoura e global, em linha com o direito internacional e o respeito da soberania e integridade territorial da Ucrânia. Continuaremos apoiando a Ucrânia pelo tempo que for necessário", diz o texto conclusivo do G7.
    O grupo de sete potências também pede que o Irã se abstenha de apoiar a Rússia na guerra e "não forneça mísseis balísticos" a Moscou. "Estamos prontos a responder de modo rápido e coordenado", afirma o documento. (ANSA)

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