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Conselho de Estado da Itália suspende envio de barcos à Tunísia

ONGs temem violações de direitos humanos de migrantes

Catamarã no Mar Mediterrâneo

Redazione Ansa

O principal tribunal administrativo da Itália, o Conselho de Estado, suspendeu a entrega de seis barcos de patrulha do país à br/brasil/flash/internacional/2024/06/19/tunisia-cria-area-propria-de-busca-e-salvamento-no-mediterraneo_4f9f32c3-ccfc-438d-94a2-62b86d725753.html">Tunísia.
    O envio seria feito como parte de esforços de cooperação para coibir a migração irregular pelo Mar Mediterrâneo. A Itália é a principal porta de entrada na Europa de migrantes forçados por essa rota, especialmente através da ilha de Lampedusa.
    A medida é para aguardar a decisão sobre uma ação legal feita por diversas ONGs contra a iniciativa.
    As organizações contestam o uso de 4,8 milhões de euros de dinheiro público para reformar os barcos, que seriam transferidos para a Tunísia. Uma decisão deve ser divulgada em 11 de julho.
    "Como até mesmo as Nações Unidas afirmaram, fornecer barcos de patrulha às autoridades tunisianas aumenta o risco de migrantes serem submetidos a deportações ilegais", disseram advogadas envolvidas no caso.
    Segundo integrantes das ONGs, graves violações dos direitos humanos estão sendo cometidas pelas autoridades tunisianas.
    "A nova onda de prisões e deportações de migrantes está sendo acompanhada por perseguições às organizações da sociedade civil que as apoiam. As políticas italianas e europeias parecem impermeáveis aos alertas emitidos pelas Nações Unidas e pelas ONGs internacionais, que condenam unanimemente as ações das autoridades tunisianas", disse Filippo Miraglia, da ARCI.
    (ANSA).
   

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