A br/brasil/noticias/uniao_europeia/2024/06/24/ue-aprova-14-pacote-de-sancoes-contra-russia-por-guerra_b379898a-672d-48c9-91dc-045cc5f1c90a.html" target="_blank" rel="noopener">Rússia bloqueou o acesso a mais de 80 sites de veículos de imprensa da União Europeia nesta terça-feira (25), em retaliação a uma medida análoga tomada pelo bloco contra a agência de notícias RIA Novosti e os jornais Izvestia e Rossiyskaya Gazeta.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores russo, a França é o país mais afetado, com nove meios de comunicação proibidos, incluindo a agência AFP e os jornais Le Monde e Libération.
A lista também inclui quatro veículos de mídia da Itália: as emissoras de TV RAI e LA7 e os diários La Stampa e La Repubblica. Da Alemanha, a Rússia proibiu os sites da revista Der Spiegel e dos jornais Die Zeit e Frankfurter Allgemeine Zeitung.
A relação inclui publicações de 25 dos 27 Estados-membros da UE - as exceções são Croácia e Luxemburgo - e quatro veículos pan-europeus, como o site Politico Europe, de origem americana. "Em resposta à decisão tomada pelo Conselho da União Europeia de proibir 'qualquer atividade de transmissão' de três meios de comunicação russos, introduzimos contrarrestrições de acesso no território da Federação Russa a vários meios de comunicação dos Estados-membros da UE que divulgam sistematicamente informações falsas sobre o progresso da operação militar especial [na Ucrânia]", diz o Ministério das Relações Exteriores.
"Se as restrições aos meios de comunicação russos forem levantadas, também reconsideraremos a decisão em relação aos meios de comunicação mencionados", acrescenta a nota.
Em 17 de maio passado, a UE anunciou a suspensão de atividades de radiodifusão de meios de comunicação "sob controle permanente, direto ou indireto", do governo russo e usados para apoiar a "agressão contra a Ucrânia". (ANSA)
O Ministério das Relações Exteriores da Itália criticou a decisão da Rússia de bloquear o acesso aos sites de 81 veículos de imprensa da União Europeia, incluindo quatro jornais e TVs italianos.
"Lamentamos a medida injustificada adotada contra emissoras e jornais italianos que sempre forneceram informação objetiva e imparcial sobre o conflito na Ucrânia", disse a pasta em uma nota.
"Com a escolha de usar a violência de forma destrutiva na Ucrânia, de colocar civis, cidades, instalações elétricas e equipamentos técnicos essenciais para a sobrevivência do povo ucraniano na mira do seu exército, a liderança da Federação Russa está envolvida em ações contrárias ao direito internacional e a todos os princípios de legalidade e coexistência civil", salientou o Ministério das Relações Exteriores da Itália.
"Isso não será cancelado por vetos à imprensa e a jornalistas italianos e de todo o mundo, que continuam a acompanhar, com profissionalismo e independência, ações devastadoras e desumanas. Essa decisão da Federação Russa não remove nem atenua os efeitos de uma guerra violenta, devastadora e ilegal", acrescentou. (ANSA)