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Assange encerra calvário judicial e volta para Austrália

Ativista fechou acordo com a Justiça dos Estados Unidos

Redazione Ansa

O ativista e jornalista Julian Assange, fundador do WikiLeaks, chegou nesta quarta-feira (26) em Camberra, capital da Austrália, após ter feito um acordo com a Justiça dos Estados Unidos nas Ilhas Marianas do Norte.
    Assange, 52 anos, ergueu o punho ao sair do avião e foi recebido de forma calorosa por sua esposa, Stella. Em seguida, se encontrou com o premiê da Austrália, Anthony Albanese, que pressionava os EUA pela libertação. "Fizemos a coisa certa", declarou o primeiro-ministro.
    O fundador do WikiLeaks não voltava para seu país havia mais de uma década, uma vez que viveu refugiado na Embaixada do Equador em Londres entre 2012 e 2019 e depois passou mais cinco anos preso em uma penitenciária de segurança máxima no Reino Unido, onde aguardava um processo de extradição para os EUA.
    Assange era acusado de 18 crimes ligados à divulgação de milhares de documentos secretos sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque e, se fosse condenado por todos eles, poderia pegar até 175 anos de prisão.
    No entanto, após longas negociações, o ativista aceitou se declarar culpado de uma acusação de obter e difundir informações sobre a defesa nacional, em troca de uma pena de 62 meses de prisão, exatamente o tempo que ele passou encarcerado no Reino Unido.
    "Encorajei minha fonte a fornecer informações confidenciais para publicá-las", disse o australiano no tribunal nesta quarta, acrescentando, por outro lado, que acredita que essa atividade é protegida pela Constituição dos EUA.
    "Mas aceito que seria difícil vencer uma causa do tipo, dadas todas as circunstâncias", salientou.
    O acordo foi homologado por um tribunal federal de Saipan, nas Ilhas Marianas do Norte, território ultramarino americano no Oceano Pacífico, já que Assange não queria ir aos Estados Unidos continentais, onde só entrará novamente se tiver autorização.
    "É um dia histórico que põe fim a 14 anos de batalhas judiciárias", comemorou a advogada do ativista, Jennifer Robinson. (ANSA)

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