A polícia italiana anunciou neste domingo (30) que prendeu ao menos dois suspeitos de tráfico de pessoas após pelo menos 10 migrantes morreram por asfixia durante uma travessia de barco da Líbia para a Itália.
Com base na acusação, as autoridades executaram duas ordens de prisão emitidas pelo Ministério Público de Agrigento e pela Procuradoria Juvenil de Palermo contra dois egípcios responsáveis pelo bote que desembarcaram na ilha de Lampedusa no último dia 17 de junho.
Segundo a polícia, os detidos "teriam praticado atos destinados a facilitar ilegalmente a entrada no território nacional de 54 migrantes, em sua maioria de nacionalidade paquistanesa e bangladeshiana, tudo para obter um benefício ainda indireto, orientando, governando e traçando o caminho para nível do leme de um navio inadequado para efetuar esta travessia e em más condições de segurança".
Além disso, os egípcios teriam exposto "as pessoas a perigo para a sua vida ou segurança, provocando a morte por asfixia de 10 pessoas de nacionalidade bangladeshiana que se encontravam no interior do porão do navio, bem como lesões a outros imigrantes".
O caso foi registrado após o navio da ONG Nadir interceptar um barco de madeira de cerca de 10 metros com 54 migrantes a bordo e 10 corpos presentes no porão.
A Guarda Costeira local resgatou o grupo e o transferiu para a ilha de Lampedusa. Todos foram ouvidos pelas autoridades, o que permitiu a reconstrução dos fatos. (ANSA).
Itália prende 2 por tráfico de pessoas após morte de migrantes
Ao menos 10 cidadãos foram encontrados asfixiado em barco