A polícia da Itália denunciou dois homens acusados de irregularidades em processos de reconhecimento de br/brasil/noticias/variedades/2024/02/29/italia-e-pais-da-ue-que-mais-concede-cidadania-a-estrangeiros_a2b3d766-6aa9-4389-98d0-da75c7f01b07.html" target="_blank" rel="noopener">cidadania por direito de sangue, esquema que teria beneficiado diversos brasileiros.
Os suspeitos são um oficial de Registro Civil que atuava nas prefeituras de Boville Ernica e Torrice, vilarejos da província de Frosinone, no centro do país, e o dono de uma agência de intermediação internacional, ambos acusados de favorecimento à permanência clandestina na Itália, violação das leis de reconhecimento de cidadania italiana e falsidade ideológica em atos públicos.
A polícia afirma que os dois homens auxiliavam na permanência de cidadãos estrangeiros na Itália para fazê-los obter ilicitamente, em prazos mais curtos que o habitual e sem as certificações necessárias, a cidadania italiana por direito de sangue, em troca de grandes somas de dinheiro.
O esquema operava desde 2017, liderado por uma organização transnacional que atuava na Alemanha, no Brasil e na Itália e teria faturado mais de 700 mil euros (R$ 4,2 milhões).
Ao longo dos últimos anos, a polícia e o Ministério Público desmantelaram diversas quadrilhas que praticavam corrupção e fraudes nos processos de reconhecimento de cidadania italiana jus sanguinis, especialmente envolvendo brasileiros.
O problema mais frequente é a questão da residência. Para obter o reconhecimento na Itália, é preciso comprovar moradia no país, o que exige a permanência por um período relativamente incerto, mas que pode durar por volta de três meses.
No entanto, alguns intermediadores vendem a ideia de que tal etapa pode ser concluída rapidamente ou sem a necessidade da presença permanente do candidato em solo italiano, o que vai de encontro à lei. (ANSA)
Polícia denuncia fraudes em cidadania italiana para brasileiros
Agente de Registro Civil e intermediador são suspeitos