Após um sábado (6) de reflexão, a população da França voltará às urnas no domingo (7) para o segundo turno das eleições parlamentares, que podem obrigar o presidente do país, Emmanuel Macron, a governar com a extrema direita.
O Reagrupamento Nacional (RN), partido anti-imigração liderado por Marine Le Pen, dominou o primeiro turno do pleito ao obter 33% dos votos, enquanto a Nova Frente Popular, bloco de legendas de esquerda, ficou atrás, com 28%.
De acordo com as projeções, a segunda etapa das eleições legislativas deverá ser muito disputada, mas as esperanças de que o RN consiga uma maioria absoluta no Parlamento continuam incertas.
Um levantamento publicado pelo jornal Les Echos apontou que a sigla de Le Pen pode ganhar de 205 até 230 assentos, enquanto uma pesquisa da Ipsos prevê entre 175 a 205 cadeiras. Para uma maioria governante, são necessárias 289.
O posto de Macron na liderança francesa não será afetado, mas ele corre o risco de precisar trabalhar ao lado de um novo governo e primeiro-ministro com visões totalmente opostas. Em relação ao RN, caso o partido consiga atingir a maioria, Jordan Bardella deverá ser colocado no cargo.
Em uma estratégia para combater a direita radical e evitar uma terceira via entre os eleitores, pouco mais de 220 candidatos já desistiram de disputar o segundo turno, sendo 132 da esquerda e 83 da aliança de Macron.
O voto no país não é obrigatório e os quase 50 milhões de franceses foram convocados às urnas logo no primeiro fim de semana das férias de verão no Hemisfério Norte, o que poderá afetar a taxa de participação.
As seções eleitorais estão marcadas para abrir a partir das 8h locais (3h de Brasília), logo depois dos votos nos territórios ultramarinos franceses. (ANSA).
França realiza 2º turno das eleições legislativas neste domingo
Extrema direita lidera pesquisas, mas pode não obter maioria