O relatório final da investigação da Polícia Federal (PF) sobre as joias sauditas, que culminou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apontou que houve desvio ou tentativa de desvio de R$ 6,8 milhões.
No inquérito enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF concluiu que a quantia arrecadada com o conjunto, comercializado de forma ilegal pelos ajudantes do ex-mandatário, teria supostamente servido para bancar as despesas de Bolsonaro e da família nos Estados Unidos.
Ainda de acordo com as autoridades, as joias, que foram dadas de presente pelo governo de Riad, deveriam ter sido encaminhadas ao patrimônio do Estado, mas acabaram entrando no patrimônio pessoal do ex-presidente.
“Foi identificado ainda que os valores dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem localização e propriedade dos valores”, diz o relatório, que teve seu sigilo derrubado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Já inelegível até 2030 por abuso de poder político nas eleições de 2022, Bolsonaro foi acusado de organização criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos, delitos que, somados, podem render uma pena de mais de 20 anos de cadeia. (ANSA)
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