O gabinete do br/brasil/noticias/politica/2024/07/08/meloni-pede-a-netanyahu-cessar-fogo-o-quanto-antes_e40c362a-6372-427e-b44d-c39bc25a34b0.html">primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que as negociações para a trégua na Faixa de Gaza e a libertação dos reféns vão continuar nesta sexta-feira (12), no Egito.
A expectativa é de que uma delegação liderada por Ronen Bar, chefe do Shin Bet, agência de inteligência interna de Israel, participe da reunião no Cairo.
Segundo o governo israelense, um grupo de negociadores do país em Doha, liderado pelo chefe da Mossad, Davis Barnea, retornou à Israel após uma cúpula com mediadores dos Estados Unidos, Egito e Catar e reuniu-se com Netanyahu.
"Na reunião foram discutidos os capítulos do acordo para o retorno dos reféns e as modalidades de implementação do plano, garantindo ao mesmo tempo todos os objetivos da guerra", acrescentou o comunicado.
Hoje, Netanyahu disse estar comprometido com o plano de libertação dos reféns, mas falou que "os assassinos" do movimento fundamentalista islâmico Hamas insistem em pedidos que contradizem a iniciativa e colocam em risco a segurança de Israel.
"Como premiê de Israel e pela responsabilidade nacional, não estou pronto para aceitar esses pedidos", afirmou ele.
Além disso, reiterou suas quatro condições necessárias: "Permitir que Israel volte a lutar até que os objetivos sejam alcançados; nenhum contrabando de armas do Egito para o Hamas; nenhum retorno de terroristas armados ao norte de Gaza; e libertação imediata do número máximo de reféns vivos".
Netanyahu enfatizou que estes são os seus "princípios rígidos" e disse estar "certo de que, se resistirmos por eles, chegaremos a um acordo que nos permitirá libertar os nossos reféns e garantirá que continuaremos lutando até que todos os nosso objetivos sejam concluídos".
"A forma de libertar o nosso povo sequestrado é continuar a pressionar o Hamas com todas as nossas forças", defendeu ele.
Colonos israelenses
Paralelamente, os Estados Unidos anunciaram novas sanções contra "extremistas israelenses" acusados de alimentar a violência na Cisjordânia ocupada.
"Hoje, estamos impondo sanções a três indivíduos e cinco entidades israelenses ligadas a atos de violência contra os civis na Cisjordânia", informou o Departamento de Estado em um comunicado.
Após a decisão, os ministros das Relações Exteriores do G7 juntaram-se à Organização das Nações Unidas (ONU) e à União Europeia (UE) na condenação" do anúncio de que "cinco postos avançados serão legalizados na Cisjordânia".
"Também rejeitamos a decisão do governo israelense de declarar 'terras do Estado' mais de 1.270 hectares na Cisjordânia - o maior do gênero desde os Acordos de Oslo - e expandir os assentamentos existentes no país em 5.295 novas unidades habitacionais e construir três novos", diz a nota do G7.
De acordo com os chanceleres de Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos , além do alto representante da UE, "o programa de assentamentos do governo israelense é incompatível com o direito internacional e contraproducente para a causa da paz".
"Reafirmamos o nosso compromisso com uma paz duradoura e sustentável, de acordo com as resoluções relevantes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com base na solução de dois Estados", acrescenta o texto.
Por fim, o comunicado destaca que todos "expressam sua oposição à expansão dos colonatos e, como em casos precedentes, apelam ao governo israelense para reverter esta decisão". (ANSA).