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Rússia condena jornalista americano a 16 anos por espionagem

Ewan Gershkovich, do WSJ, está detido desde março de 2023

Redazione Ansa

O jornalista norte-americano Ewan Gershkovich, correspondente do "Wall Street Journal" detido na Rússia desde março de 2023, foi condenado nesta sexta-feira (19) a 16 anos de prisão pelo tribunal regional de Sverdlovsk.
    O repórter, de 32 anos, é acusado de espionagem e deverá cumprir a sentença em uma colônia penal de segurança máxima na Rússia, segundo decisão citada pela Interfax.
    "O réu não admitiu a sua culpa durante o julgamento. No entanto, a totalidade das provas apresentadas ao tribunal foi suficiente para condená-lo", informou a assessoria de imprensa do tribunal.
    De acordo com a Procuradoria-Geral da Rússia, o jornalista recolheu informações secretas em nome da CIA sobre um dos principais produtores de armas do país, a fabricante de tanques Uralvagonzavod.
    Após a divulgação da sentença, o CEO da Dow Jones e editor do Wall Street Journal, Almar Latour, classificou a condenação como "escandalosa" e reforçou que Gershkovich foi "detido injustamente por exercer o seu trabalho como jornalista".
    Já o alto representante da União Europeia (UE) para Política Externa, Josep Borrell, condenou "veementemente a pena de prisão", enfatizando que "a Rússia usa o seu sistema jurídico politizado para punir o jornalismo".
    Além disso, lançou um apelo para libertar o jornalista americano e todos os outros presos políticos.
    Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que, desde o primeiro dia de sua administração, "a prioridade tem sido procurar a libertação de Evan, Paul Whelan e de todos os americanos detidos injustamente no estrangeiro". (ANSA).
   

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