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Taxar super-ricos é decisão de cada país, diz Itália

Ministro alertou que propriedade não pode entrar em discussão

Giancarlo Giorgetti (centro) no Rio de Janeiro para reunião do G20

Redazione Ansa

O ministro da Economia da Itália, Giancarlo Giorgetti, afirmou que a decisão de taxar os chamados super-ricos deve caber a cada país e não a organismos multilaterais, como o G20 ou a ONU.
    A declaração foi dada em entrevista exclusiva à ANSA à margem da reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20 no Rio de Janeiro, que se encerra nesta sexta-feira (26).
    "Somos a favor [da taxa contra super-ricos], mas é preciso debater bem a respeito de um princípio que não deve ser colocado em discussão: a propriedade", disse Giorgetti.
    A presidência brasileira no G20 defende a criação de um imposto mínimo contra bilionários, mas a ideia está longe de um consenso no grupo.
    "Está claro que a decisão de como, quanto e quando taxar é dos Estados nacionais e não pode ser evocada nem no G20, nem na ONU. Esse é um limite preciso que muitos países colocaram e do qual nós não pretendemos abrir mão", acrescentou.
    Por outro lado, Giorgetti apoiou um imposto mínimo global contra as "grandes multinacionais", tema "bloqueado por Índia, China e até pela Austrália". "Então os americanos não dão o aval. E sem Índia, China e EUA, me parece evidente que falta a base tributável. Nós sempre insistimos, com cada vez menos esperanças, na implantação do primeiro pilar da taxação das grandes multinacionais", destacou. (ANSA)

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