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Venezuela barra observadores eleitorais da oposição

Ministro italiano divulgou mensagem contra violência de Maduro

Ministro italiano divulgou mensagem contra presidente Maduro

Redazione Ansa

Em meio a proximidade das eleições na Venezuela, que decidirão quem liderará o país nos próximos seis anos, são crescentes as notícias de rejeições na fronteira de delegações de ex-presidentes e parlamentares, convidados como observadores pela oposição liderada pelo candidato da Plataforma Democrática Unida, Edmundo González Urrutia, e pela líder María Corina Machado.
    "Eles são ridículos, sabem que são persona non grata. É a extrema direita racista e fascista, não convidados pelo poder eleitoral, que é quem decide quem convidar e quem não", disse o presidente da nação, Nicolás Maduro, que espera obter um terceiro mandato no pleito de amanhã (28), em transmissão ao vivo no TikTok.
    Os observadores admitidos, segundo fontes oficiais, são mais de 600, incluindo a missão das Nações Unidas e do Centro Carter, enquanto a da União Europeia, considerada parcial, foi excluída.
    O número de políticos forçados a recuar tem aumentado de hora em hora. O caso mais marcante foi o de quatro ex-presidentes que deixaram o avião da companhia aérea Copa já prestes a decolar do aeroporto da Cidade do Panamá com destino a Caracas.
    O governo chileno de Gabriel Boric protestou contra a paralisação de uma delegação que partiu de Santiago, enquanto uma representação de 10 deputados, senadores e eurodeputados do PPE voltou para a Espanha depois de ter sido barrada no aeroporto da capital venezuelana.
    Há também uma grande quantidade de jornalistas que, apesar de terem obtido uma permissão preliminar, tiveram autorização cancelada. Os profissionais foram excluídos de última hora, um pouco como aconteceu com o ex-presidente argentino Alberto Fernández.
    Entre os recebidos em Caracas está o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assuntos internacionais, o ex-ministro Celso Amorim.
    Apesar dos ataques de Maduro nos últimos dias ao sistema de votação brasileiro e do cancelamento da missão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o petista evidentemente decidiu deixar uma abertura para o líder chavista.
    Já o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, aproveitou o encontro com Amorim para reiterar que "o clima no país é pacífico".
    No entanto, a tensão ainda segue alta enquanto é aguardada a abertura das 30.026 assembleias de voto equipadas com urnas eletrônicas.
    "Desejo a todo o povo venezuelano que o direito de voto na Venezuela seja respeitado. Apoiamos vocês na luta pela liberdade contra todas as formas de terror e violência do regime de Maduro. Para recuperar a democracia daqueles que ameaçam o seu próprio povo derramado de sangue", afirmou o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani.
    Segundo pesquisas independentes, o ex-embaixador González Urrutia, de 73 anos, que tranquilizou durante a campanha eleitoral com seus modos plácidos e educados, tem inúmeras chances de infligir uma derrota a Maduro, que chamou atenção em seus comícios com um visual pop e narrativas espalhafatosas.
    Há 21.392.464 venezuelanos adultos com direito a voto, mas estima-se que pelo menos 4,5 milhões destes estejam fora do país, que fechou as fronteiras por ocasião do pleito. Os distritos chave para a vitória são os mais populosos: Zulia, Miranda, Grande Caracas e Aragua.
    Não há boca de urna oficial planejada e a contagem dos votos não será pública. No referendo sobre a anexação de Essequibo, os resultados foram anunciados muitas mais tarde do que estavam previstos. (ANSA).
   

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