(ANSA) - Uma equipe de br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/08/21/mergulhadores-recuperam-2-corpos-em-iate-na-italia_13143ef9-d33f-42f2-b53e-9f8475e1e45b.html">mergulhadores que participaram da operação de resgate do naufrágio do navio de cruzeiro Costa Concordia, que causou 32 mortes em 13 de janeiro de 2012, foi acionada nesta quarta-feira (21) para intensificar as buscas pelos desaparecidos da tragédia com o veleiro de luxo Bayesian, no sul da Itália.
Segundo as autoridades, o objetivo dos mergulhadores das unidades da Guarda Costeira de Nápoles e Messina é tentar chegar às cabines localizadas na parte inferior do casco da embarcação.
A operação de busca é realizada desde a última segunda-feira (19), quando um tornado repentino se abateu sobre o iate em meio a uma onda de mau tempo na região e o afundou, deixando um morto e seis desaparecidos.
A lista de desaparecidos inclui o magnata britânico do setor de tecnologia Mike Lynch, proprietário do Bayesian, e sua filha, Hannah; o presidente do banco Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, e sua esposa, Anne Elizabeth Judith Bloomer; e o advogado de Lynch, Chris Morvillo, e sua mulher, Neda.
Até o momento, os mergulhadores dos bombeiros da Itália recuperaram os corpos de dois dos seis desaparecidos. Suas identidades ainda são desconhecidas.
Além da utilização de recursos navais, aéreos e subaquáticos, os mergulhadores estão operando com a ajuda de um veículo adicional ROV (Veículo Operado Remotamente). O "robô" é capaz de operar no fundo do mar até uma altitude de 300 metros e tem autonomia entre seis e sete horas.
O dispositivo, implantado pela Guarda Costeira, é dotado de tecnologia avançada que permite investigar o fundo do mar e gravar vídeos e imagens detalhadas, na tentativa de fornecer elementos úteis para reconstruir a dinâmica do acidente.
Segundo uma primeira inspeção externa, o casco não apresenta vazamentos e o mastro principal de alumínio, de 75 metros de altura, está intacto.
Um engenheiro do Italian Sea Group, empresa proprietária do Perini Navi, grupo de estaleiros de Viareggio que em 2008 lançou o Bayesian, explicou que o iate "provavelmente afundou por um erro humano, uma atitude inadequada para enfrentar a possível chegada" do mau tempo.
De acordo com o especialista, que trabalha no setor há anos, fala a título pessoal e prefere manter o anonimato, vários erros podem ter sido cometidos: desde a falta de fecho do casco até ao desligamento dos motores.
"Entre os protocolos básicos de segurança está o de ter sempre um vigilante que verifica os avisos de tempestade, mesmo com o barco parado no porto. Quinze minutos teriam sido suficientes para ativar todas as medidas de segurança", concluiu. (ANSA).
Itália usa mergulhadores do Costa Concordia em buscas em veleiro
Corpos de 2 dos seis desaparecidos foram recuperados até agora