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Comandante de veleiro naufragado é alvo de investigação na Itália

Tragédia deixou sete mortos no sul do país na semana passada

Redazione Ansa

(ANSA) - O comandante do veleiro de luxo br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/08/24/mp-abre-investigacao-de-homicidio-culposo-sobre-naufragio-na-italia_bcfbb5dd-3331-4a3f-b431-cbb2f68dad6b.html">Bayesian, cujo naufrágio no sul da Itália deixou sete mortos, incluindo o bilionário britânico Mike Lynch e sua filha, Hannah, foi colocado oficialmente sob investigação nesta segunda-feira (26).
    O neozelandês James Cutfield, de 51 anos, é um dos 15 sobreviventes da tragédia ocorrida na última segunda (19), quando iate Bayesian naufragou em meio a uma onda de mau tempo no Porto de Porticello, na província de Palermo.
    O Ministério Público de Termini Imerese investiga Cutfield por naufrágio e múltiplas acusações de homicídio culposo em decorrência das mortes das sete vítimas, informou o jornal italiano "La Repubblica".
    A decisão é tomada um dia após o comandante ser interrogado pela segunda vez em uma semana no último domingo (25), por cerca de duas horas.
    Na ocasião, o capitão respondeu a perguntas sobre a posição do veleiro e dos botes, se portas e escotilhas estavam fechadas e quando o alarme foi disparado depois que o Bayesian foi atingido por uma tromba d'água semelhante a um tornado, segundo fontes oficiais.
    As autoridades também levaram em consideração os aproximadamente 32 minutos entre o momento em que o superiate de 56 metros de comprimento começou a ser inundado e o período em que um sinalizador vermelho foi lançado de um bote salva-vidas, às 4h38 (horário local) da segunda-feira.
    A investigação aberta oficialmente sobre a potencial responsabilidade do capitão no acidente foi um passo fundamental para os promotores prosseguirem com as autópsias nas sete vítimas que vão ser realizadas pelos médicos do instituto de medicina legal do hospital local, explicaram as autoridades.
    Durante o novo interrogatório, segundo a imprensa italiana, Cutfield foi informado de que está sob investigação e foi convidado a escolher um endereço no país e a nomear um advogado de defesa.
    Originário da Nova Zelândia, o comandante é considerado um profissional experiente, tendo em vista que trabalhou durante anos a bordo de grandes embarcações e que conhece bem o Mediterrâneo. Antes de ser contratado por Lynch, ele trabalhava para um bilionário turco.
    No último fim de semana, o procurador italiano Ambrogio Cartosio, que investiga o naufrágio, afirmou em coletiva de imprensa que "não exclui qualquer hipótese por trás da tragédia" e que considera "fundamental" recuperar o veleiro do mar para esclarecer tudo.
    O "Bayesian" afundou na noite da segunda-feira passada na costa da cidade siciliana de Porticello no meio de uma forte tempestade e sete das 22 pessoas a bordo morreram no naufrágio.
    Além de Lynch e sua filha, Hannah, de 18 anos, a tragédia matou Ricardo Thomas, cozinheiro da embarcação; Jonathan Bloomer, presidente do banco Morgan Stanley International, e sua esposa, Judy Bloomer; o advogado de Lynch, Chris Morvillo, e sua mulher, a designer de joias Neda Morvillo.
    Lynch havia levado amigos e familiares para o iate Bayesian para celebrar o fim de um processo legal de 12 anos decorrente da venda bilionária de sua empresa de tecnologia para a HP.
    (ANSA).
   

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