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Rússia critica prisão de fundador do Telegram na França

Para Moscou, relações com Paris chegaram 'ao nível mais baixo'

Durov foi detido pelas autoridades francesas

Redazione Ansa

(ANSA) - O br/brasil/noticias/mundo/2024/08/27/russia-lanca-novos-ataques-contra-ucrania-e-deixa-4-mortos_e85667c3-7ca7-4f67-8a4a-501fd2447127.html">governo russo criticou nesta terça-feira (27) a prisão do fundador do aplicativo de mensagens Telegram, Pavel Durov, e afirmou que a situação levou as relações entre Rússia e França ao "nível mais baixo".
    Durov, de 39 anos, foi detido no último sábado (24) pelas autoridades francesas no aeroporto Le Bourget, nos arredores de Paris, após chegar ao país em um jato privado proveniente do Azerbaijão, no âmbito de uma investigação sobre crimes relacionados a fraude, tráfico de drogas, cyberbullying, crime organizado e promoção do terrorismo em sua plataforma.
    Segundo o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, o episódio levou "as relações entre Moscou e Paris ao seu ponto mais baixo", também por causa da posição que a França aborda no que diz respeito à questões das liberdades de expressão e de divulgação de informação.
    Para o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, se não houver provas "sérias" para a prisão do fundador do Telegram será um "caso político", o que foi negado pelo presidente da França, Emmanuel Macron, na última segunda (26).
    "As acusações são realmente muito graves e exigem provas igualmente sérias. Caso contrário, serão uma tentativa direta de limitar a liberdade de comunicação e, pode-se até dizer, uma intimidação direta ao chefe de uma grande empresa", acrescentou o russo.
    Além disso, Peskov garantiu que o governo russo está disposto a fornecer "toda a assistência necessária" ao executivo.
    Por sua vez, o presidente da Duma, Viaceslav Volodin, acusou os Estados Unidos de estarem "por trás da prisão" de Durov. "Nas vésperas das eleições presidenciais dos EUA, é importante que Biden assuma o controle do Telegram", declarou, sem fornecer provas.
    De acordo com Volodin, a rede social "é uma das poucas e ao mesmo tempo a maior plataforma de Internet sobre a qual os Estados Unidos não têm influência. Ao mesmo tempo, opera em muitos países que lhes interessam".
    "Para Washington, a vigilância nas redes sociais, a sua total censura e subordinação, inclusive através da chantagem sob o pretexto de combater vários tipos de ameaças, são métodos tradicionais de gestão política e influência externa", continuou o presidente da Duma Russa.
    Por fim, o chefe do Serviço Externo de Inteligência da Rússia, Sergei Naryshkin, disse não esperar que Durov concorde em fornecer informações confidenciais de Moscou a países ocidentais após sua prisão. "Espero que não", afirmou ele, citado pela agência Tass. (ANSA).
   

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