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Itália exige libertação de seus cidadãos presos na Venezuela

País vive crise política após reeleição de Nicolás Maduro

Redazione Ansa

(ANSA) - O governo da premiê Giorgia Meloni voltou a exigir nesta quinta-feira (29) a libertação dos presos políticos italianos na br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/08/27/maduro-anuncia-mudancas-no-governo-da-venezuela_3b78a8b5-2e94-4cd7-95d9-cf3e0d6469fb.html">Venezuela, em meio à crise deflagrada no país após a justiça validar a vitória do presidente Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho, sem revelar as atas eleitorais.
    "Pedimos a libertação de todos os presos políticos com passaporte italiano na Venezuela. A situação é verdadeiramente preocupante, esta não é a forma de garantir um resultado do regime de Maduro", afirmou o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, em Bruxelas.
    De acordo com o chanceler italiano, "o que está acontecendo é inaceitável" e, portanto, exige a "liberação dos prisioneiros políticos, a começar pelos que têm passaporte italiano".
    A Venezuela tem atualmente 1.780 presos políticos, um número que disparou após as disputadas eleições presidenciais de 28 de julho, anunciou a ONG de direitos humanos Foro Penal.
    Segundo a organização, antes de 28 de julho, havia 199 presos políticos na Venezuela e desde então outras 1.581 pessoas foram detidas no âmbito da onda de detenções com que o regime respondeu aos protestos pela polêmica reeleição de Maduro.
    No dia seguinte ao anúncio da vitória, a repressão às manifestações deixou 27 mortos e 192 feridos, além de cerca de 2,4 mil presos, segundo dados oficiais.
    "Registramos o maior número de presos políticos que a Venezuela já viu, pelo menos desde o início do século 21", afirmou o Fórum Penal no X.
    Maduro foi declarado vencedor com 52% dos votos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), presidido por um líder chavista, que não exibiu as atas, alegando ter sofrido um ataque cibernético - hipótese descartada por especialistas em segurança digital.
    A oposição, que publicou as atas fornecidas pelos seus procuradores, afirma que o seu candidato Edmundo González Urrutia obteve mais de 60% dos votos e denunciou uma "escalada repressiva". Enquanto isso, o governo acusou os líderes opositores de incitarem a violência e prometeu prendê-los.
    "Acredito que Maduro não pode claramente ser reconhecido como o legítimo vencedor das eleições presidenciais", declarou o alto representante da UE, Josep Borrell, em sua chegada a Bruxelas, enfatizando que "a situação na Venezuela é crítica". (ANSA).
   

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