(ANSA) - O vice-premiê e ministro das
Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, se opôs nesta
quinta-feira (29) a uma proposta do alto representante para
Política Externa da União Europeia, Josep Borrell, de retirar
todas as restrições ao uso de armas ocidentais enviadas à
Ucrânia.
"As restrições ao uso de armas italianas pela Ucrânia apenas na
própria Ucrânia permanecem em vigor", declarou Tajani.
Segundo ele, "cada país decide por si, mas no diz respeito a
utilização das armas italianas ela só pode ocorrer dentro da
Ucrânia".
Já o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Péter
Szijjártó, também rejeitou a proposta de Borrell e a descreveu
como "loucura".
Para o ministro húngaro, o responsável pela política externa
europeia "deve receber formação", porque faz "propostas
insensatas". "Não queremos mais armas na Ucrânia, não queremos
mais mortes, não queremos uma escalada da guerra e não queremos
uma escalada da crise no Oriente Médio. Continuamos a adotar uma
posição pacífica", enfatizou Szijjártó.
As declarações são dadas depois de outros países ocidentais
darem aval ao uso de suas armas nas operações da ofensiva
surpresa da Ucrânia na região russa de Kursk e após Borrell
sugerir a retirada das restrições.
Hoje, o chefe da diplomacia europeia também revelou que a UE
"começou a transferir para a Ucrânia" 1,4 bilhões de euros dos
rendimentos dos ativos russos imobilizados e a financiar
diretamente os Estados-membros para fornecer armas a Kiev.
Enquanto isso, as forças russas controlam cerca de 40% da cidade
de Chasiv Yar, em Donetsk, uma localidade estratégica para o
controle da região de Donbass.
A informação foi relatada por Andriy Polukhin, porta-voz da 24ª
Brigada Mecanizada Ucraniana, citado pela Rbc-Ucrânia. "Neste
momento, o inimigo controla a parte da cidade até ao canal. Isto
representa cerca de 40% da cidade", declarou.
Polukhin explicou que se o município de Chasiv Yar for
capturado, as forças russas ganharão uma vantagem tática acima
das cidades de Kostiantynivka, Druzhkivka e Kramatorsk, bem como
nas rotas logísticas ucranianas. (ANSA).
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Itália rejeita proposta da UE sobre armas enviadas à Ucrânia
Tropas russas controlam 40% de 'porta' para Donbass