(ANSA) - O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, voltou a defender nesta quinta-feira (29) a adoção de sanções contra br/brasil/noticias/mundo/2024/08/29/israel-mantem-operacao-militar-na-cisjordania-pelo-2-dia_8db04c4e-d897-44e1-a92e-6711ed8898f1.html">Israel após alguns ministros do país incitarem crimes de guerra contra palestinos na Faixa da Gaza.
"Alguns ministros israelenses lançaram mensagens de ódio, incitação à prática de crimes de guerra contra os palestinos e acredito que a UE deve utilizar todas as ferramentas à sua disposição", declarou ele, sem especificar os ministros e as falas.
No entanto, a declaração chega poucas semanas após o ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben-Gvir, de ultradireita, ter pedido o corte do fornecimento de combustível e ajudas humanitárias para civis, enquanto o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, também radical, ter dito que seria "justificável e moral" deixar que 2 milhões de palestinos morressem de fome para libertar os reféns em poder do Hamas.
As falas provocaram indignação em Borrell, que as descreveram como "sinistras" e "uma incitação a crimes de guerra". Apesar disso, destacou que não pode decidir sobre as sanções, só pode propor a medida, porque serão "os Estados-membros que vão decidir" Para o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, as eventuais sanções da União Europeia contra os ministros israelenses linha-dura são "surreais".
Ao chegar em Bruxelas, Tajani enfatizou que tais punições seriam "irrealistas", além de não ser "a maneira de convencer Israel a (concordar com) um acordo de paz (de Gaza) no Cairo".
(ANSA).
UE volta a apoiar sanções contra Israel após falas de ministros
Josep Borrell denunciou 'incitações a crimes de guerra'