(ANSA) - Continuam as buscas na Itália pelos br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/09/04/barco-vira-na-costa-da-italia-e-deixa-21-desaparecidos_c73e26e8-e396-430d-8645-bcf26201abf3.html" target="_blank" rel="noopener">21 desaparecidos após um barco de migrantes forçados ter virado na costa de Lampedusa, no Mar Mediterrâneo Central, rota migratória mais mortal do mundo.
"As buscas pelos desaparecidos iniciadas ontem [4] prosseguem hoje [5] com um avião colocado à disposição pela Frontex [agência de controle de fronteiras da União Europeia] e unidades navais da Guarda Costeira", disse o porta-voz da instituição, comandante Cosimo Nicastro.
O barco partira da Líbia em 1º de setembro, com 28 pessoas a bordo, e virou após um dia de navegação. Apenas sete refugiados - todos eles sírios - foram resgatados com vida, após dois dias à deriva sentados sobre o casco da embarcação.
Entre os desaparecidos, que seriam da Síria e do Sudão, estão pelo menos três crianças, de acordo com o relato dos náufragos, que foram levados para o centro de acolhimento de Lampedusa.
A ilha fica mais perto do norte da África do que da Península Itálica e é a principal porta de chegada para migrantes forçados e refugiados no país.
Na maior parte dos casos, esses deslocados internacionais usam a Itália apenas para entrar na União Europeia e depois seguem para nações no norte do bloco.
Segundo o Ministério do Interior italiano, o país recebeu cerca de 43 mil migrantes forçados via Mediterrâneo em 2024, queda de mais de 60% em relação ao mesmo período do ano passado.
As principais nações de origem são Bangladesh (8,5 mil), Síria (7 mil), Tunísia (5,9 mil), Egito (2,6 mil) e Guiné (2,4 mil), e os barcos partem das costas líbia ou tunisiana.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), 30,2 mil pessoas morreram ou desapareceram na travessia do Mediterrâneo desde 2014, sendo 23,8 mil apenas no trecho Central do mar, entre o norte da África e o sul da Itália. Em 2024, o número de fatalidades nessa rota totaliza pouco mais de mil. (ANSA).
Prosseguem buscas na Itália por 21 desaparecidos após naufrágio
Barco de migrantes tombou perto da costa de Lampedusa