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Pivô de escândalo envolvendo ministro acusa Meloni de sexismo

Gennaro Sangiuliano teve caso extraconjugal com influenciadora

Redazione Ansa

(ANSA) - A empresária e influenciadora Maria Rosaria Boccia, pivô de um escândalo de infidelidade envolvendo o ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, acusou a premiê Giorgia Meloni de "comportamento sexista", além de revelar que ouviu "conversas" que implicaram outros políticos do governo italiano.
    "Eu me pergunto por que me tratam com arrogância, me apontam sem nome nem sobrenome. Devemos sempre denunciar os comportamentos sexistas, como ela (Meloni) também fez através das redes sociais, porque a mulher deve proteger a sua dignidade independentemente do papel que desempenha", declarou Boccia ao jornal "La Stampa" em sua primeira entrevista desde que o caso veio à tona.
    A influenciadora, que fez uma alusão ao término de Meloni com seu ex-companheiro, sugere que foi ela quem paralisou sua possível nomeação como conselheira de Sangiuliano. O caso é descrito pela oposição como uma "novela vergonhosa".
    A polêmica envolvendo Sangiuliano começou no mês passado, depois que Boccia postou fotos ao lado dele em vários eventos públicos, bem como imagens de e-mails e passagens aéreas. As publicações nas redes sociais feitas pela empresária ocorreram após o Ministério da Cultura ter desmentido que ela havia sido contratada como conselheira especial.
    Entretanto, o caso tomou grandes proporções e forçou Sangiuliano a admitir em uma entrevista ao TG1 que teve um relacionamento extraconjugal com a influenciadora.
    "Tenho ouvido conversas e lido mensagens de pessoas que, na minha opinião, chantagearam o ministro", afirma a influenciadora, que, ao ser questionada se tem mais gravações além das que já publicou na internet que implicam outros políticos, ministros ou Meloni, responde: "Estava em contato próximo com o ministro. Então, ouvi telefonemas e li mensagens".
    Em meio ao escândalo, o ministro "terá uma reunião com os seus advogados para avaliar a apresentação de uma declaração ao Ministério Público", afirmou o Ministério em comunicado após a publicação da entrevista.
    Além disso, o advogado do ministro da Cultura, Silvério Sica, afirmou que, até o momento, "não há provas de que ele tenha sido chantageado", mas "com base no material que examinamos estamos no meio de um caso muito privado".
    O ministro chegou a destacar que colocou um ponto final no romance no início de agosto e compartilhou extratos bancários para respaldar sua afirmação de que ele mesmo pagou pelas viagens de Boccia, negando as acusações de que tenha usado dinheiro público.
    Por sua vez, o Tribunal de Contas anunciou que o "caso Sangiuliano não passou despercebido" e está fazendo "as devidas avaliações". (ANSA).
   

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