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Europa arrisca se tornar 'menos livre', alerta Draghi

Ex-premiê italiano fez relatório sobre competitividade na UE

Mario Draghi discursa no Parlamento Europeu, em Estrasburgo

Redazione Ansa

(ANSA) - O ex-premiê da Itália br/brasil/noticias/uniao_europeia/2024/01/09/mario-draghi-e-cotado-para-assumir-conselho-europeu-diz-jornal_f10b6181-c10d-4046-8b8e-f4bbce1bab5d.html" target="_blank" rel="noopener">Mario Draghi alertou nesta terça-feira (17) que a Europa corre o risco de se tornar um lugar "menos seguro e livre".
    A declaração foi dada durante um discurso no Parlamento da União Europeia, em Estrasburgo, na França, para apresentar ao Legislativo do bloco o relatório sobre competitividade encomendado ao ex-primeiro-ministro pelo poder Executivo da UE.
    "Estamos todos preocupados com o futuro da Europa. Minha preocupação não é que nos encontremos subitamente pobres e submetidos aos outros. Ainda temos muitos pontos de força na Europa. Mas sim que, com o tempo, nos tornemos inexoravelmente um lugar menos próspero, menos igualitário, menos seguro e que, consequentemente, sejamos menos livres para escolher nossos destinos", disse Draghi, também ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE).
    O ex-premiê italiano entregou seu relatório à Comissão Europeia no último dia 9 de setembro, um documento que elenca 170 propostas para a UE aumentar a competitividade e manter a relevância no cenário internacional.
    Uma das principais sugestões de Draghi é que a Comissão Europeia volte a emitir dívida no mercado, aos moldes do sistema inédito utilizado para financiar o fundo de recuperação para o pós-pandemia. A ideia, no entanto, enfrenta resistência em países como Alemanha, Áustria e Holanda.
    "Quem se opõe à construção de um verdadeiro mercado único, à integração do mercado de capitais e à emissão de dívida comum se opõe a nossos objetivos europeus", declarou o economista.
    Esse instrumento permite que países mais endividados, como Itália, Grécia e Portugal, tenham acesso a dinheiro mais barato no mercado, assim como feito no "NextGenerationEu", o fundo criado pelo bloco para impulsionar as economias dos Estados-membros após a Covid-19. (ANSA).
   

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