(ANSA) - O Tribunal de Apelação de Milão absolveu um homem de br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/09/18/frances-admite-ter-drogado-esposa-por-10-anos-para-estupra-la_7ac09246-04c0-4e8e-8d63-6b07756ed1d5.html">agressão sexual sob a alegação de que sua suposta vítima, uma aeromoça, teve uma estimativa de 20 a 30 segundos para reagir e fugir da eventual violência.
A motivação da sentença proferida pelos juízes Flores Tanga, Alessandra Simion e Alessandro Santangelo em 24 de junho foi publicada na última terça-feira (17) e provocou revolta na Itália.
Segundo o documento, "o réu não realizou nenhuma forma de violência" que pudesse colocar a suposta vítima em uma "situação em que era absolutamente impossível evitar a conduta".
Além disso, reforçou que a aeromoça teve uma janela de tempo de "20 a 30 segundos", o que também lhe teria "permitido escapar".
O homem, identificado como Raffaele Meola, é um ex-sindicalista que prestava serviço no aeroporto de Malpensa, em Milão, e foi acusado de violência sexual contra uma aeromoça que o procurou em 2018 por causa de uma disputa sindical.
Em 24 de junho, porém, o tribunal inocentou o italiano, mantendo um veredito de primeira instância, afirmando que a mulher demorou muito para reagir à sua suposta agressão.
Para a Associação Differenza Donna, grupo de mulheres que auxilia a suposta vítima, chamou a sentença de "uma vergonha" e um "retrocesso de 30 anos".
Por sua vez, o Ministério Público de Busto Arsizio pediu a anulação da sentença, alegando "irrelevância da reação tardia da vítima", "a posição de preeminência do acusado, deduzida da sua qualificação como sindicalista" e a "inexistência de consentimento". (ANSA).
Italiano é absolvido de agressão por mulher ter tempo de fugir
Decisão divulgada na terça (17) foi tomada por tribunal em junho