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Lula cobra presença do Sul Global em órgãos internacionais

Presidente definiu estrutura da ONU como 'arcaica'

Presidente Lula na Assembleia-Geral da ONU

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente br/brasil/noticias/lusofonia/2024/09/24/em-discurso-lula-critica-guerras-onu-e-negacionismo-climatico_f02e0a43-1492-4f29-a1e5-574a3d689ed1.html" target="_blank" rel="noopener">Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quarta-feira (25) de uma reunião de ministros das Relações Exteriores do G20 em Nova York, à margem da Assembleia-Geral da ONU, e reforçou o apelo pela reforma dos organismos internacionais, a começar pelo Conselho de Segurança.
    "Se os países ricos querem o apoio do mundo em desenvolvimento para o enfrentamento das múltiplas crises do nosso tempo, o Sul Global precisa estar plenamente representado nos principais foros de decisão", disse Lula aos chanceleres.
    Segundo o presidente, a ONU deve permanecer "no centro da governança global", porém enfrenta uma "crise de confiança" e precisa de "transformações estruturais".
    "Na sua atual configuração, o Conselho de Segurança tem-se mostrado incapaz de resolver conflitos, e menos ainda de preveni-los. Falta transparência no seu funcionamento e coerência nas suas decisões, e milhões de pessoas sofrem as consequências dessa ineficácia", acrescentou Lula, que cobra mais representatividade da África, da América Latina e do Caribe.
    "Por isso, o Brasil considera apresentar proposta de convocação de uma Conferência de Revisão da Carta da ONU. Cada dia que passamos com uma estrutura internacional arcaica e excludente é um dia perdido para solucionar as graves crises que assolam a humanidade", afirmou.
    A reunião de ministros do G20 em Nova York também teve as presenças do presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e do secretário-geral da ONU, António Guterres, e foi aberta a todos os membros das Nações Unidas.
    No encontro, os integrantes do G20 adotaram o "Chamado à Ação sobre a Reforma da Governança Global", documento com compromissos para modernizar organismos internacionais.
    "Trata-se do primeiro documento plenamente consensual emitido como resultado de uma reunião de ministros das Relações Exteriores do G20", diz um comunicado do Itamaraty. (ANSA).
   

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