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Papa ataca 'incapacidade' do mundo para frear guerra em Gaza

Francisco citou postura 'vergonhosa' da comunidade internacional

Papa Francisco em missa na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma

Redazione Ansa

(ANSA) - O br/brasil/noticias/vaticano/2024/10/07/papa-apela-por-paz-e-fim-de-espiral-de-vinganca-no-oriente-medio_0382e611-4323-40d2-a18c-eaebd7057e51.html" target="_blank" rel="noopener">papa Francisco publicou nesta segunda-feira (7) uma carta aos católicos do Oriente Médio, por ocasião do primeiro aniversário da atual guerra na Faixa de Gaza, e criticou a "vergonhosa incapacidade da comunidade internacional" de interromper o conflito entre Israel e o grupo fundamentalista Hamas.
    Em texto divulgado também em árabe, o pontífice afirmou que "não se cansa de repetir que a guerra é uma derrota" e que a "violência jamais leva à paz", ressaltando que "anos e anos de conflitos parecem não ter ensinado nada".
    "Há um ano, o pavio do ódio acendeu-se. Ele não apagou, mas explodiu em uma espiral de violência, em meio à vergonhosa incapacidade da comunidade internacional e dos países mais poderosos de silenciar as armas e pôr fim à tragédia da guerra", escreveu o líder católico na mensagem.
    "O sangue corre, assim como as lágrimas. A raiva aumenta, juntamente à vontade de vingança, enquanto parece que poucos se interessam por aquilo que é mais necessário e que as pessoas querem: diálogo, paz", acrescentou.
    No texto, o Papa expressou solidariedade aos "habitantes de Gaza, martirizados e no limite", às pessoas "forçadas a deixar suas casas e a abandonar a escola e o trabalho para fugir das bombas", às mães que "derrubam lágrimas olhando os filhos mortos ou feridos" e àqueles que "têm medo de olhar para cima, porque do céu chove fogo".
    "Estou com vocês que não têm voz, porque fala-se muito de planos e estratégias, mas pouco da situação concreta de quem sofre a guerra, que os poderosos levam os outros a fazer. Sobre eles, no entanto, recai a investigação inflexível de Deus", salientou Francisco.
    Jorge Bergoglio também lembrou que convocou um dia de orações e jejuns nesta segunda-feira para pedir o fim da guerra em Gaza, onde cerca de 41,9 mil pessoas morreram ao longo de um ano, em sua maioria civis, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave palestino.
    O conflito começou após atentados do Hamas que deixaram 1,2 mil mortos em Israel em 7 de outubro de 2023, também civis em sua maior parte, segundo o governo de Benjamin Netanyahu.
    (ANSA).
   

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