(ANSA) - As Forças de Defesa de Israel (FDI) mataram nesta quinta-feira (17) o líder do Hamas Yahya Sinwar, junto com outros dois integrantes do grupo, durante uma ofensiva na Faixa de Gaza.
"Durante as operações das FDI na Faixa de Gaza, três terroristas foram eliminados. As FDI estão verificando a possibilidade de que um dos terroristas seja Yahya Sinwar", declararam os militares israelenses em nota.
Logo depois, a polícia israelense confirmou a morte após o corpo de Sinwar ter sido identificado com base no exame de sua arcada dentária. No entanto, mais testes estão em andamento.
O comunicado das FDI explicou ainda que "no edifício onde os terroristas foram eliminados não havia sinais da presença de reféns". "As forças que operam na área continuam a agir com a cautela necessária".
No entanto, a TV pública Kan alega que os três mortos levavam consigo notas e carteiras de identidade e vestígios da presença de reféns foram encontrados na área. Nas redes sociais, alguns soldados publicaram fotos de um corpo que parecia ser de Sinwar.
O canal de TV israelense 12, inclusive, já havia antecipado que "todos os testes realizados indicavam que o líder do Hamas foi eliminado" e detalhou que as tropas do país liderado pelo premiê Benjamin Netanyahu identificaram um grupo de terroristas em um edifício em Rafah, dispararam contra eles, dando início a um tiroteio.
Aos 61 anos, Sinwar era o número 2 da hierarquia do Hamas e substituiu Ismail Haniyeh, assassinado em julho passado em Teerã, no Irã, na liderança do grupo.
Ele era apontado como o principal arquiteto dos ataques perpetrados pelo grupo em território israelense no último dia 7 de outubro, que matou 1,2 mil pessoas e desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.
Natural de Khan Yunis, Sinwar era desde 2017 o líder do braço político do Hamas no enclave palestino e seu paradeiro era desconhecido. O comandante não aparecia em público desde o início do conflito.
Conhecido por sua linha dura, o então líder do Hamas passou mais de duas décadas preso em penitenciárias israelenses, mas foi libertado em 2011 em uma troca de prisioneiros. No grupo desde 1987, Sinwar deu origem ao Majd, serviço de segurança interna do Hamas. (ANSA).