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Prêmio Sakharov de 2024 vai para Corina Machado e González

Honraria é concedida pelo Parlamento da União Europeia

Redazione Ansa

(ANSA) - O Parlamento da União Europeia concedeu nesta quinta-feira (24) o Prêmio Sakharov em 2024 para br/brasil/flash/internacional/2024/10/17/machado-nega-que-tenha-fugido-da-venezuela_bf8c3419-0eae-4b82-a4ce-26a81a21d5f6.html" target="_blank" rel="noopener">María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, líderes da oposição contra o regime de Nicolás Maduro na Venezuela.
    Essa é a maior honraria da UE para reconhecer a liberdade de pensamento e a batalha pelos direitos civis. "Edmundo e María sempre lutaram sem medo pela liberdade e pela democracia, pela justiça e pelo Estado de direito. Temos confiança de que a democracia vencerá na Venezuela", disse a presidente do Europarlamento, Roberta Metsola.
    Corina Machado era candidata a presidente pela aliança de oposição Plataforma Unitária Democrática (PUD), mas foi impedida de disputar o pleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelo chavismo.
    A coligação decidiu então candidatar González, diplomata de carreira e que é considerado pelo Parlamento da UE como o vencedor das eleições de 28 de julho.
    O CNE apontou a vitória de Maduro com 51,95% dos votos, contra 43,18% do opositor, mas ignorou pressões da comunidade internacional para divulgar as atas de votação que comprovariam o resultado. Já a PUD reivindica o triunfo do diplomata por um placar de 67,08% a 30,46%. A controvérsia provocou uma onda de protestos contra o regime na Venezuela, reprimidos com força pela polícia. Alvo de um mandado de prisão por crimes como usurpação, desobediência e formação de quadrilha, González se exilou na Espanha, enquanto Corina Machado não aparece em público há várias semanas, mas nega ter fugido do país.
    Entregue pela primeira vez em 1988, para Nelson Mandela e Anatoly Marchenko, o Prêmio Sakharov leva o nome do dissidente soviético Andrei Sakharov. A ideia é reconhecer indivíduos, grupos e organizações que contribuem para a defesa dos direitos humanos no mundo.
    Essa é a segunda vez que a UE premia a oposição ao chavismo na Venezuela; a primeira foi em 2017 e homenageou prisioneiros políticos listados pela ONG Foro Penal Venezolano. (ANSA).
   

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