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Israel aprova projeto de lei para proibir agência da ONU no país

Votação no Parlamento contra Unrwa recebeu 92 votos a favor

Controversa norma poderá prejudicar o já frágil processo de distribuição de ajuda humanitária

Redazione Ansa

(ANSA) - Apesar da pressão internacional, o Parlamento de Israel aprovou um projeto de lei que mira proibir "qualquer atividade" da br/brasil/noticias/mundo/2024/10/22/agencia-da-onu-faz-pedido-de-socorro-por-membros-em-gaza_92f521db-7627-4ce9-b6d4-08e9ef63232a.html" target="_blank" rel="noopener">Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (Unrwa) dentro do país.
    De acordo com o jornal The Guardian, a votação contra a agência da ONU ocorrida nesta segunda-feira (28) foi aprovada por 92 votos a favor e 10 contra.
    A controversa norma, que não entrará em vigor de forma imediata, poderá prejudicar o já frágil processo de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, território devastado pelo conflito entre Israel e Hamas. Além disso, as relações entre Israel e ONU alcançaram o nível mais baixo.
    "É escandaloso que um país membro das Nações Unidas tente desmantelar uma agência da ONU que é o fornecedor mais importante de operações humanitárias em Gaza", declarou Juliette Touma, porta-voz da Unrwa, em entrevista à AFP.
    Já David Lammy, ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, declarou que as acusações de cumplicidade com o Hamas feitas por Israel contra funcionários da Unrwa foram "todas investigadas" por uma comissão internacional e "não oferecem qualquer justificativa" para a aprovação do projeto de lei.
    A votação no Parlamento israelense aconteceu pouco tempo depois de Estados Unidos, através do porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, e da União Europeia, com Josep Borrell, alto representante para Política Externa da UE, pedirem para que o projeto não recebesse sinal verde.
    Após o acalorado debate entre os apoiadores da lei e seus oponentes, o Parlamento de Israel também votará um segundo projeto que decidirá o rompimento ou não das relações diplomáticas da nação com a Unrwa. (ANSA).
   

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