Em um comunicado, o chefe de Estado disse que "a Itália é um grande país democrático e sabe cuidar de si mesma, no respeito de sua Constituição".
"Qualquer pessoa, sobretudo se estiver prestes a assumir um importante cargo no governo de um país amigo e aliado, deve respeitar sua soberania e não pode assumir a tarefa de lhe dar lições", acrescentou Mattarella.
Em publicação no X, Musk, que chefiará o "Departamento de Eficiência do Governo" na futura gestão de Donald Trump nos Estados Unidos, afirmou que os juízes que bloquearam a deportação de migrantes forçados pela Itália "devem ir embora".
A crítica se refere a sentenças do Tribunal de Roma que impediram o governo italiano de manter cidadãos bengaleses e egípcios em um centro de repatriação na cidade albanesa de Gjader, estratégia que busca desestimular os fluxos migratórios no Mediterrâneo.
A corte considerou que Bangladesh e Egito não podem ser considerados lugares "seguros" para repatriação devido ao histórico de perseguições e desrespeito aos direitos humanos em ambos os países, postura que irritou a gestão Meloni e entrou na mira de Musk.
"Isso é inaceitável. O povo italiano vive em uma democracia, ou é uma autocracia não eleita que toma as decisões?", questionou o bilionário no X nesta quarta-feira, repetindo um comportamento já visto na crise com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que culminou no bloqueio da rede social no Brasil por mais de um mês.
Musk manteve contato com Meloni na semana passada, após a vitória de Trump nas eleições americanas, e já participou de um evento do partido da premiê da Itália. (ANSA).
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