(ANSA) - O governo brasileiro considera que existe uma manobra de empresas francesas para obstruir a assinatura do acordo de livre comércio entre a br/brasil/noticias/uniao_europeia/2024/11/19/aumenta-pressao-na-franca-contra-acordo-mercosul-ue_7bd3af5c-3ca6-4329-86f0-6aabe38ff15b.html" target="_blank" rel="noopener">União Europeia e o Mercosul, após a gigante do varejo Carrefour anunciar que não venderá carne produzida nos países do bloco sul-americano.
O CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, anunciou nesta quarta-feira (20) que a empresa "assume o compromisso de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul".
Já o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que há uma "ação orquestrada, com o objetivo de ferir a soberania, querendo arrumar um pretexto para a França não assinar o acordo Mercosul-UE".
As declarações foram dadas após Fávaro participar, junto a outros ministros, da recepção ao presidente da China, Xi Jinping, que assinou acordos com o Brasil que devem aumentar as exportações de produtos agrícolas para o gigante asiático.
O Ministério da Agricultura defendeu, por meio de nota, "a qualidade e o compromisso da agropecuária brasileira com a legislação e as boas práticas agrícolas, em consonância com as diretrizes internacionais".
Paralelamente, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) classificou como "infeliz e infundada" e com "fins protecionistas" a declaração do CEO do Carrefour. (ANSA).
Brasil acusa 'ação orquestrada' da França contra Mercosul-UE
Governo reagiu à decisão do Carrefour de não comprar carnes do bloco sul-americano