(ANSA) - O líder da oposição venezuelana,br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/11/11/maduro-e-problema-da-venezuela-diz-lula-apos-tensao_eff3e8a2-94ef-40f5-9214-9eb1f2905d7d.html"> Edmundo González Urrutia, declarou na noite da última segunda-feira (26) que pretende retornar a Caracas no próximo dia 10 de janeiro para assumir o cargo de presidente da nação sul-americana.
O diplomata de 75 anos, que é procurado pelas autoridades venezuelanas sob acusação de conspiração e outros crimes, está em Madri desde setembro, quando buscou refúgio no território espanhol.
"Estou disposto a assumir o mandato que o povo venezuelano me deu com a vitória de 28 de julho", afirmou ele, acrescentando que seu plano "é estar lá e tomar posse naquele dia". "Haverá tensão".
Em entrevista à agência espanhola Efe, o opositor reforçou que está "moralmente preparado" para ser preso pelas forças do governo de Nicolás Maduro, que se declarou vencedor das eleições realizadas em 28 de julho, apesar de o resultado ser contestado tanto por opositores locais quanto pela comunidade internacional.
"Todos estão determinados a [fazer] que no dia 10 de janeiro comece a reconstrução da Venezuela. Para isso, contamos com o respaldo e o apoio de cada um de vocês onde estiverem", disse ele em declaração à rádio W, da Colômbia.
Na conversa, González Urrutia esclareceu que "no dia 28 de julho o povo venezuelano emitiu um mandato soberano" ao qual se compromete em respeitar.
"Fui o presidente mais votado da história do país e esta vitória foi demonstrada pela digitalização e publicação de 84% das atas oficiais das eleições", acrescentou.
Além disso, o político venezuelano explicou que o seu caso não é semelhante ao do opositor Juan Guaidó, tendo em vista que o então parlamentar foi eleito presidente interino "com base em um artigo da Constituição", enquanto ele foi eleito por 7,3 milhões de pessoas, contra os 3 milhões obtidos por Maduro. "Fui o vencedor daquela competição eleitoral".
Por fim, González Urrutia revelou que os governos da Colômbia e do Brasil estão "se esforçando para gerar condições para uma mediação que busque uma solução para o conflito venezuelano". (ANSA).
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