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Netanyahu vai recorrer contra mandado de prisão do TPI

Israel não reconhece a jurisdição da Corte de Haia

Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant são acusados de crimes de guerra e contra a humanidade

Redazione Ansa

(ANSA) - O governo de Israel vai recorrer dos mandados de prisão emitidos pelo br/brasil/noticias/mundo/2024/11/24/ordem-do-tpi-contra-netanyahu-pode-prejudicar-acordo-de-paz-diz-italia_7026eea2-8764-4667-ac92-16a63e91a968.html">Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia contra o premiê Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant.
    Tel Aviv decidiu notificar o TPI sobre o apelo apenas nesta segunda-feira (27), último dia de prazo. "O Estado de Israel rejeita a autoridade da Corte Penal Internacional e a legitimidade das ordens de prisão emitidas contra o premiê e o ex-ministro da Defesa", diz uma nota do gabinete de Netanyahu.
    O comunicado explica que Israel informou ao Tribunal de Haia a intenção de recorrer contra os mandados. "Caso a corte negue o recurso, isso demonstrará mais uma vez aos amigos de Israel nos EUA e no mundo o quanto o TPI é parcial", acrescenta o governo.
    Netanyahu e Gallant são acusados de crimes de guerra e contra a humanidade durante o conflito na Faixa de Gaza, bem como o líder da ala militar do Hamas, Mohammed Deif, que, no entanto, é dado como morto por Tel Aviv.
    Israel não é membro do TPI, que, por sua vez, alega que pode atuar "com base na jurisdição territorial da Palestina".
    A Corte de Haia disse ter encontrado "motivos razoáveis para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade pelo crime de fome como método de guerra e pelos crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos".
    O TPI ainda afirmou que os dois agiram "intencionalmente" para privar a população civil de Gaza de "itens indispensáveis para sua sobrevivência, incluindo alimentos, água e medicamentos, bem como combustível e eletricidade". (ANSA).
   

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