(ANSA) - O grupo fundamentalista islâmico br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/09/09/hamas-nega-ter-apresentado-novas-exigencias-para-soltar-refens_7ef8c369-b1a6-4834-862d-39fde0e5fde7.html" target="_blank" rel="noopener">Hamas e o partido Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, fecharam um acordo sobre a formação de um comitê conjunto para governar a Faixa de Gaza após a guerra.
A informação foi publicada pela agência AFP, que cita negociadores dos dois lados e diz que esse órgão administrativo seria formado por 10 a 15 personalidades não pertencentes a nenhum dos dois grupos, com autoridade em questões como ajuda humanitária, educação, saúde, economia e reconstrução.
Segundo um membro da delegação do Hamas e outro do Fatah, o projeto de acordo foi acertado no Egito e ainda precisa ser validado por um decreto presidencial de Abbas. A expectativa é de que os negociadores do Fatah retornem nesta terça-feira (3) a Ramallah para obter o aval do líder da ANP.
Em julho passado, o grupo fundamentalista, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, quando rompeu com o Fatah, havia assinado na China um acordo com outras 13 facções palestinas para instituir um governo de reconciliação no enclave após a guerra. De orientação secular, o partido de Abbas controla parcialmente a Cisjordânia.
Israel, no entanto, já afirmou diversas vezes que não permitirá que o Hamas tenha qualquer papel na gestão de Gaza após a guerra, deflagrada em 7 de outubro de 2023, na esteira de atentados terroristas do grupo islâmico que mataram 1,2 mil israelenses.
Em um ano e dois meses, o conflito já custou as vidas de cerca de 44 mil palestinos no enclave. (ANSA).
Hamas e Fatah fecham acordo para gestão de Gaza após guerra
Pacto ainda precisa ser chancelado pelo presidente Mahmoud Abbas