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Jovem pega prisão perpétua na Itália por matar ex-namorada

Morte de Giulia Cecchettin provocou consternação no país

Redazione Ansa

(ANSA) - O Tribunal de Veneza condenou nesta terça-feira (3) o jovem Filippo Turetta, de 23 anos, à prisão perpétua pelo br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/11/25/mp-pede-perpetua-para-autor-de-feminicidio-que-chocou-italia_4738f45e-63f0-49b7-bf14-013b1e0871ac.html" target="_blank" rel="noopener">homicídio de sua ex-namorada Giulia Cecchettin, de 22, em um caso que chocou a Itália e jogou luz sobre a violência de gênero no país.
    Turetta confessou ter esfaqueado Giulia até a morte em Fossò, perto de Veneza, em 11 de novembro de 2023, dias antes de ela se formar em engenharia biomédica na Universidade de Pádua.
    Além da pena de prisão perpétua, a corte condenou o réu a indenizar Gino Cecchettin, pai da vítima, em 500 mil euros (R$ 3,2 milhões), Elena e Davide, irmãos da jovem, em 100 mil euros (R$ 640 mil) cada um, e a avó Carla Gatto e o tio Alessio em 30 mil euros (R$ 191 mil) cada. Além disso, Turetta terá de arcar com as despesas do processo.
    "A minha sensação é que todos perdemos enquanto sociedade. Não estou mais aliviado nem mais triste em relação a ontem ou anteontem, é uma sensação estranha", disse Gino, que se tornou ativista contra a violência de gênero e lançou uma fundação com o nome da filha há cerca de 10 dias.
    "Foi feita justiça, respeito isso, mas precisamos fazer mais como seres humanos. A violência de gênero deve ser combatida com prevenção. Como ser humano, me sinto derrotado", acrescentou.
    O crime causou consternação generalizada, em parte devido à brutalidade do assassinato, mas também pela juventude do agressor e da vítima. Segundo promotores do caso, o homem esfaqueou Giulia 75 vezes.
    A estudante universitária foi dada como desaparecida em 11 de novembro, após ter saído para comer com Turetta. Seu corpo foi encontrado em uma ravina perto do Lago Barcis, na região de Friuli Veneza Giulia, uma semana depois.
    Já Turetta fugiu após abandonar o cadáver, mas foi preso na beira de uma estrada nos arredores de Leipzig, na Alemanha, após ter ficado sem dinheiro para abastecer o carro. Ao confessar o crime, disse ter matado Giulia porque ela não queria reatar o relacionamento amoroso entre os dois. (ANSA).
   

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