(ANSA) - O Tribunal de Crotone, no sul da Itália, condenou nesta terça-feira (10) três homens acusados de envolvimento em uma viagem clandestina de migrantes forçados que terminou em um br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/08/20/camera-mostra-naufragio-de-veleiro-de-milionarios-na-italia_4431778c-addb-417e-a9ac-4b576dd9960b.html" target="_blank" rel="noopener">naufrágio com pelo menos 94 mortos, incluindo 35 menores de idade, em 26 de fevereiro de 2023, na costa da cidade de Cutro.
Os paquistaneses Hasab Hussain, 22, e Khalid Arslan, 26, foram sentenciados a 16 anos e 11 anos, um mês e 10 dias de prisão, respectivamente, enquanto o turco Sami Fuat, 51, pegou 16 anos de reclusão.
Os três foram considerados culpados dos crimes de favorecimento à imigração clandestina e morte em consequência desse favorecimento, porém foram absolvidos da acusação de naufrágio culposo. Ainda cabe recurso.
No momento da leitura da sentença, os dois réus paquistaneses começaram a chorar. Todos eles alegam inocência, porém o Ministério Público disse que eles tinham "papel ativo" na gestão dos migrantes a bordo, embora não fossem os organizadores da viagem.
Além de 94 mortes confirmadas, o naufrágio de Cutro deixou um número incerto de desaparecidos e é considerado uma das piores tragédias da história recente no Mar Mediterrâneo, palco de uma crise migratória que já dura uma década.
A embarcação havia zarpado da Turquia cinco dias antes de afundar no litoral da Calábria. (ANSA).
Itália condena 3 por naufrágio com 94 mortos no Mediterrâneo
Tragédia de Cutro é uma das piores da história recente no mar