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Presidente da Alemanha dissolve Parlamento e convoca eleição

Medida é resultado da crise que derrubou o chanceler Olaf Scholz

O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente da br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/12/22/alemanha-emite-mandado-de-prisao-contra-suspeito-de-ataque_4de0a6db-9f94-43bb-a21f-cc5160946072.html" target="_blank" rel="noopener">Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, anunciou nesta sexta-feira (27) a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas para 23 de fevereiro de 2025.
    A medida chega 11 dias depois de o chanceler Olaf Scholz, de centro-esquerda, ter perdido o voto de confiança do Bundestag, resultado esperado desde o rompimento com o Partido Democrático Liberal (FDP), que dava sustentação ao governo.
    Em sua decisão, Steinmeier pediu que a campanha eleitoral seja conduzida de forma "justa e transparente" e alertou para o risco de "influência estrangeira", sobretudo no X, rede social do bilionário Elon Musk, que tem criticado o governo e elogiado o partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), segundo colocado nas pesquisas.
    Scholz, do Partido Social-Democrata (SPD), ficou sem maioria no Parlamento após demitir o ministro das Finanças, Christian Lindner, líder do FDP, em meio a divergências sobre a condução econômica do país.
    A crise se deu na esteira de seguidas derrotas dos liberais em eleições estaduais e de pesquisas que mostram que o partido de Lindner arrisca não atingir a cláusula de barreira para entrar no Parlamento nas próximas eleições legislativas, que estavam previstas inicialmente para setembro de 2025.
    O governo Scholz apresenta baixos índices de aprovação devido à estagnação econômica da Alemanha, com o fechamento de fábricas por grandes indústrias e a disparada do custo da energia em função da guerra na Ucrânia. A campanha eleitoral também acontecerá em meio à comoção provocada pelo atentado cometido por um imigrante saudita de extrema direita contra um mercado de Natal em Magdeburgo, que deixou cinco mortos.
    As pesquisas apontam que a União Democrata Cristã (CDU), partido conservador da ex-chanceler Angela Merkel e hoje liderado por Friedrich Merz, é a favorita para vencer o pleito, mas não deve obter maioria parlamentar. (ANSA).
   

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