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Ferragni fecha acordo para encerrar inquérito por fraude

Influenciadora vai indenizar compradores de pandoro beneficente

Ferragni fecha acordo para encerrar inquérito por fraude
Chiara Ferragni foi investigada pelo Ministério Público por fraude agravada

Redazione Ansa

(ANSA) - A influenciadora italiana br/brasil/noticias/moda_e_sociedade/2024/10/04/mp-conclui-inquerito-contra-chiara-ferragni-por-fraude_ad837782-d195-4ee8-b478-f81e885c6cdc.html">Chiara Ferragni pagará 200 mil euros (R$ 1,3 milhão) a uma ONG de apoio a mulheres vítimas de violência para encerrar todos os contenciosos judiciais com a Associação de Usuários de Serviços Radiodifusores (Assourt) e a Coordenação das Associações de Defesa dos Direitos dos Consumidores (Codacons).
    O acordo foi fechado no âmbito de um inquérito do Ministério Público de Milão contra Ferragni por fraude agravada em campanhas beneficentes de pandoros (doce natalino típico da Itália) e ovos de Páscoa em 2022 e 2023, escândalo que abalou o império da influencer mais seguida do país.
    Com isso, a Codacons, que integra o caso como "parte ofendida", vai retirar a ação contra Ferragni, o que pode se refletir na decisão do MP de denunciá-la ou pedir o arquivamento da investigação, que foi concluída em outubro passado.
    "O acordo marca a dupla vontade das partes, por um lado, de encerrar disputas anteriores e, por outro, de olhar positivamente para o futuro, estabelecendo um clima de colaboração e respeito com o objetivo de incentivar iniciativas concretas e um diálogo construtivo sobre questões sociais de interesse comum", diz um comunicado dos advogados de Ferragni, Giuseppe Iannaccone e Marcello Bana.
    O pacto também prevê a destinação de uma "soma em dinheiro destinada ao ressarcimento dos consumidores representados pela Codacons e pela Assourt que tinham comprado o pandoro" no centro da polêmica (o valor por pessoa deve ser de 150 euros, o equivalente a R$ 970), além de outra quantia para reembolsar as associações pelas despesas legais do caso.
    Ferragni ainda participará de um evento da Codacons no âmbito de uma campanha nacional contra a violência de gênero na Itália.
    O escândalo começou após a influenciadora ter sido multada em 1 milhão de euros (R$ 6,5 milhões) por prática comercial desleal na promoção de um pandoro com edição limitada no Natal de 2022.
    A propaganda do produto fazia o público acreditar que o dinheiro obtido com as vendas seria revertido para o hospital pediátrico Regina Margherita, de Turim, mas, na verdade, a Balocco, fabricante do doce, já havia feito uma doação de 50 mil euros (R$ 323 mil) antes mesmo de a campanha começar, valor muito menor do que o arrecadado posteriormente.
    Mais tarde, veio à tona que algo semelhante havia acontecido com a venda de ovos de Páscoa com a marca de Ferragni em 2022 e 2023, cuja arrecadação seria revertida, segundo a propaganda, para a ONG I Bambini delle Fate, que faz projetos de inclusão social para menores portadores de deficiência.
    De acordo com o Ministério Público, a influencer teria lucrado 2,2 milhões de euros (R$ 14,2 milhões) com os dois produtos. Logo após a repercussão negativa do caso, a italiana fechou acordos para doar 1 milhão de euros (R$ 6,5 milhões) ao hospital e 1,2 milhão (R$ 7,7 milhões) à ONG. (ANSA).
   

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