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Nicolás Maduro toma posse para novo mandato na Venezuela

Resultado de eleição de 2024 é contestado pela oposição

Maduro prestou o juramento diante do presidente da Assembleia Nacional

Redazione Ansa

(ANSA) - O presidente da br/brasil/noticias/mundo/2025/01/10/meloni-condena-inaceitavel-repressao-na-venezuela_188d27ea-8982-4a78-bc67-4143e8a701e8.html" target="_blank" rel="noopener">Venezuela, Nicolás Maduro, tomou posse nesta sexta-feira (10) para um novo mandato de seis anos à frente do governo, após ter sido declarado vencedor das eleições de 28 de julho de 2024, resultado contestado pela oposição e por boa parte da comunidade internacional.
    A cerimônia foi realizada em Caracas, capital do país latino-americano, após um dia de protestos da oposição contra o regime chavista e em meio a um forte esquema de segurança, incluindo fronteiras fechadas com a Colômbia.
    Maduro prestou o juramento diante do presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez Gómez, e na presença de poucos representantes internacionais - o Brasil, que não reconhece o resultado das eleições, enviou apenas sua embaixadora em Caracas, Gilvânia Maria de Oliveira.
    O governante prometeu "respeitar todas as obrigações da Constituição" e que seu novo mandato será um período de "paz, prosperidade e democracia". O juramento foi feito com uma cópia da Constituição assinada por Hugo Chávez, líder da assim chamada revolução bolivariana.
    "A Venezuela não se deixa colonizar nem dominar e continuará a escrever sua história de modo determinante. Ninguém no mundo respeita os covardes, olhem o que está acontecendo com o Canadá e com o Panamá. Quem se dobra ao imperialismo faz um pacto com o diabo", declarou, em referência às ameaças do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
    Ex-motorista de ônibus e sindicalista, Maduro assumiu o poder em março de 2013, após a morte de seu mentor Chávez, vítima de um câncer. Cerca de um mês depois, foi eleito pela primeira vez ao derrotar Henrique Capriles por 50,61% a 49,12%.
    O chavista renovou seu mandato em 2018, com 67,84% dos votos, e 2024, com 51,95%, mas os pleitos sempre foram marcados por suspeitas de fraudes e manipulação.
    O opositor Edmundo González Urrutia reivindica a vitória nas eleições do ano passado e recebeu asilo na Espanha após se tornar alvo de mandados de prisão da Justiça, mas prometeu retornar à Venezuela para tomar posse do cargo. Diplomata de carreira, ele é reconhecido como presidente eleito por países como EUA e Argentina. (ANSA).
   

Oposição denuncia 'golpe'

(ANSA) - A Plataforma Unitária Democrática (PUD), principal coalizão de oposição na Venezuela, definiu a posse do presidente Nicolás Maduro para um novo mandato como "golpe de Estado".
    Segundo a PUD, o líder chavista praticou uma "usurpação do poder apoiada pela força bruta e ignorando a soberania popular".
    "Realizou-se um golpe de Estado contra os direitos do povo venezuelano", diz a nota publicada pela coalizão no X.
    "Iniciamos hoje uma nova etapa nesta luta pela liberdade da Venezuela em todo o território nacional. Precisamos promover uma conduta de resistência democrática permanente e ativa, até que se respeite a Constituição nacional", afirma o comunicado.
    A PUD diz contar com o apoio de "aliados além das fronteiras" para que a Venezuela seja "livre, democrática e um exemplo de luta pela defesa dos direitos humanos em todo o mundo". "Edmundo González Urrutia é quem deve ser juramentado como presidente legítimo, hoje ou amanhã, pois assim decidiu a maioria dos venezuelanos", ressalta a plataforma de oposição. (ANSA).
   

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