Último momento

Governo brasileiro condena 'ameaças' a opositores na Venezuela

Itamaraty também criticou episódios de 'prisões' e 'perseguição'

ONG Foro Penal informou que 1.697 pessoas foram presas por motivos políticos em Caracas

Redazione Ansa

(ANSA) - O governo brasileiro divulgou um comunicado neste sábado (11) condenando os recentes episódios de "prisões, ameaças e perseguição a opositores políticos" ocorridos na br/brasil/noticias/ultimo_momento/2025/01/10/gonzalez-voltara-quando-condicoes-forem-adequadas-diz-lider-opositora_0afcbba8-2199-4f26-99d9-f17cadac1f7e.html" target="_blank" rel="noopener">Venezuela.
    A nota divulgada pelo Palácio do Itamaraty citou que o país "acompanha com grande preocupação" as recentes denúncias de violações de direitos humanos perpetrados pelo regime venezuelano, liderado pelo presidente Nicolás Maduro, principalmente após a contestada e conturbada eleição de julho passado.
    "Embora reconheçamos os gestos de distensão pelo governo Maduro - como a liberação de 1.500 detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas, o governo brasileiro deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos", diz o comunicado.
    "O Brasil registra que, para a plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de manifestar-se pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física", complementou o Itamaraty.
    O governo brasileiro concluiu que busca convencer "as forças políticas venezuelanas ao diálogo e à busca de entendimento mútuo, com base no respeito pleno aos direitos humanos com vistas a dirimir as controvérsias internas".
    A ONG venezuelana de direitos humanos Foro Penal informou que 1.697 pessoas foram presas por motivos políticos em Caracas até agora, o maior número desde os anos 2000. O boletim acrescenta que atualmente estão detidos 1.495 homens e 202 mulheres, dos quais 1.694 são adultos e três são adolescentes entre 14 e 17 anos.
    Mesmo após o regime de Maduro não ter mostrado as atas de votação, o líder chavista tomou posse na última sexta-feira (10) para um novo mandato de seis anos à frente do governo.
    Embora não reconheça oficialmente a vitória de Maduro nas eleições presidenciais, o Brasil enviou a embaixadora em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, para a cerimônia de ontem.
    (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it